segunda-feira, 11 de dezembro de 2006

A ordem da segurança

Tenho sentido muito medo do futuro... Sabe quando as coisas caminham pra algo bom, mas que não é exatamente o que se quer? Assim eu tenho me sentido ultimamente... Essa mudança de rotina, de comportamento, sempre me assustou! E eu me conheço suficientemente bem pra saber que fugir das mudanças é algo imperativo nessas situações, mas não posso fugir das coisas que me fazem bem! Já fugi minha vida toda, e agora eu não posso mais, agora eu não quero mais!

Mas o fato é que se as coisas forem rápido demais, eu vou fugir! Tenho que ir assimilando isso aos poucos. Senão vai surgir aquela convicção de que eu estou no lugar errado e que não preciso mais disso... Uma convicção e um orgulho que nada mais são do que medo de aceitar as mudanças que acontecem. E eu não quero desistir porque sei que meu medo existirá só nesse período de transição, de aceitar uma nova rotina, de aceitar um novo jeito de me ver... e é porque isso tudo é muito estranho!
Acho que isso faz parte da minha insegurança, já me acostumei com uma vidinha "meia-boca... Então, por quê me arriscar a ter algo bom? Por quê? Porque esse algo bom, na verdade, poderia ser algo ruim disfarçado?

Por isso, e pra não me perder de quem realmente sou, começo desesperadamente a tentar reviver o passado, como se ele me autoafirmasse, como se ele me fizesse ter certeza de que eu ainda sou eu, e não aquela outra pessoa na qual acho que estou me tornando e de quem tenho tanto medo! Então eu me saboto, conspiro contra esse novo eu! Tudo em nome do bem-estar, da rotina e da segurança... Mas, qual será o preço a ser pago por isso?

"A vida é maravihosa quando não se tem medo dela." (Charles Chaplin)

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