terça-feira, 27 de novembro de 2007

ABOUT YESTERDAY (AND ANOTHER DAYS...)

"Como se ela não tivesse suportado sentir o que sentira, desviou subitamente o rosto e olhou uma árvore. Seu coração não bateu no peito, o coração batia oco entre o estômago e os intestinos." CL

Fugir. Tem hora que tudo o que eu quero é fugir. Sumir, desaparecer... Há duas semanas tudo tem um gosto diferente, meio amargo... As coisas que eu engolia bem, agora já não descem mais. Estou intolerante, insuportável. E o que é pior: só estou assim com você. O resto do mundo gira como se nada tivesse acontecido. Sorrio, brinco, sou a mesma Patrícia de sempre. Mas quando você se aproxima, algo de muito errado acontece comigo e eu me transformo nessa coisa que você já sabe... E que te coloca a quilômetros e quilômetros de distância de mim.
Estamos cansados. Estamos estressados. Estamos sob pressão. Tanto eu como você. Talvez você mais do que eu. Ou não. A pressão que eu coloco sobre mim mesma pra conseguir atender você da forma que você merece nestes momentos complicados também tem comprometido bastante a minha já duvidosa sanidade mental.
Ontem foi um dia difícil, não é mesmo? Eu quis ir embora. Eu fui embora. Você salvou a minha vida. Você salvou a minha vida quando foi atrás de mim. Você salvou a minha vida quando me pediu pra ficar. Você salvou a minha vida quando disse que não me deixaria ir... Você salvou a minha vida! Você sabe que eu jamais te deixaria sozinho nas horas em que você precisa. Mas ontem, ontem foi difícil...
Às vezes sua indiferença me machuca. E me machuca porque nem chega a ser indiferença, mas eu vejo como sendo. Às vezes você se afasta de mim, just like I do: sem beijos de chegada ou de despedida. Sem abraços apertados e demorados... Às vezes eu espero coisas demais de você. Culpa minha (e apenas minha), eu sei... Quase sempre espero que você se comporte e aja como eu me comportaria ou agiria. Às vezes somos orgulhosos e nos calamos quando deveríamos falar. Ou falamos demais de coisas desnecessárias quando o que realmente importa não é dito. Fica subentendido. E por isso mesmo, cada um faz a idéia que quer da situação.
Às vezes tanto eu como você pensamos que somos ignorantes demais e que fazemos tudo errado...
Não posso curar todas as feridas, cicatrizes, frustrações... Não posso mudar o que já passou. Não consigo pegar os meus e os seus medos e trancafiá-los dentro de uma gaiolinha para sempre. Não posso fingir que algumas coisas simplesmente não existem...
Mas tenho muita certeza e convicção quando digo que tudo isso vai acabar. E vai acabar nos fazendo um bem incomensurável. Acredite. Vai nos amadurecer. Amadurecer o nosso sentimento... As cicatrizes nos serão úteis para nos lembrarmos das nossas quedas em um futuro qualquer. Nos farão rir e nos entreolharmos com ternura quando a lembrança disso tudo não passar de uma vaga memória... E para que tudo fique bem. Para que tudo fique ótimo. Melhor do que era antes. Eu hoje decidi ser forte. A mulher mais forte do mundo. E você a tem bem aqui. Do seu lado. Invencível, incansável, guerreira. Conte com ela. Esteja com ela. Esteja comigo. E não esqueça de onde ela tira suas forças...
(=Ah! E antes que eu me esqueça: obrigada pelos fantásticos sete meses ao seu lado!=)

sábado, 24 de novembro de 2007

TPM

Vamos ver se coloco de forma que não haja mais dúvidas quanto a este assunto...

Quando acordo na TPM, a primeira coisa que penso é: TUDO está errado. E por “tudo” eu quero dizer o MUNDO, entende? Tipo, a crosta terrestre, a atmosfera, a hidrosfera e principalmente a biosfera, que me enviou como representante esse MALDITO BEM-TE-VI QUE ESTÁ GRITANDO NA PORRA DA MINHA JANELA!!!

Aí, eu faço um vídeo-clipe mental de “Matador de passarinho” do Skylab. [Abre-MERCHAN!!!] música que faz parte do Cd “Trilha sonora da TPM”, que traz vários outros sucessos para animar esse período mágico como “Sou rebelde porque o mundo quis assim” e ainda “Essa vida me maltrata, estou virando um psicopata”. Peça já o seu!!! [Fecha-MERCHAN!!!]

O vídeo-clipe me deixa mais alegrinha e pronta pra pensar em coisas mais amenas como “queria que meu chefe morresse” ou “eu odeio filhotinhos de gato”. Daí pra frente a coisa só vai melhorando. A sensação de que tudo está errado vai virando certeza absoluta, me levando ao ponto de argumentar com veemência a favor de Deus mudar a cor desse céu azul-irritante.

Vai discordar? Boa sorte. Isso só aumentará a sua dor, isto é certo. A única dúvida é quanto a forma que o ódio escolherá pra sair de mim, em sua direção. Vejamos as opções para o exemplo supracitado:

a) Ficar alterada e continuar argumentando no melhor estilo Heloísa Helena;
b) Chorar copiosamente repetindo “MAS POR QUE AZUL, CARA??? POR QUÊEEEEE????”
c) Lançar um grampeador em sua direção (reze para que a tesoura não esteja mais a mão).

Mas o que eu acho mais maravilhoso na TPM é que ela é convincente. Você realmente acredita que o certo a fazer é arremessar o grampeador, você sente toda aquela indignação quando as pessoas não compartilham do seu raciocínio, todo aquele ódio quando a porra da tampa do refrigerante cai, toda aquela vontade de chorar quando vê o comercial do “Mercado Livre” (aquele bem idiota com um carinha que vende um beijo, sabe?). Enfim... TPM é isso, ad infinitum.

Uma amiga minha conta que já foi a uma médica pedir ajuda para controlar a metamorfose mensal que a pobre menina sofria. A médica fez pouco caso. Disse que TPM é coisa de revista feminina. Bom, neste caso, acho que a Coca-Cola e a CIA poderiam fazer um cursinho com a galera da “Nova”, para aprenderem o “ultimate-método-de-lavagem-cerebral”, porque PUTA QUE PARIU, ele é SUPER eficiente! Eu, por exemplo, NUNCA comprei um único exemplar de “Marie Claire” ou similares, mas a TPM, essa sim, eu recebo mensalmente e sem pagar assinatura.

Talvez, a médica, estivesse tentando dizer, de forma extremamente simplificada, que o ser humano é, ao mesmo tempo, um ser biológico, social e cultural. Assim, a TPM (bem como a adolescência, a menopausa, a “crise da meia-idade”, etc) têm sido supervalorizados pela mídia, que na falta de um assunto melhor (ou de espectadores/leitores melhores), apela para este “cardápio fácil” com o intuito de continuar vendendo suas revistas e ganhando seus pontos no ibope. Neste sentido, a TPM é uma construção cultural/social, mas a base desta construção É, SIM, BIOLÓGICA (uma médica deveria saber).

E cá entre nós, eu só estou me dando ao trabalho de dar toda essa justificativa tão pretensiosamente científica, porque não estou na TPM.

Caso estivesse, mandaria todo mundo tomar no cú, e pronto.

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Black and Blue

(Este texto narra os fatos do fim de semana passado e deste. Os quais, só agora tive tempo – e de certo modo, coragem - para postar...)

******************************************************************************** Abrir os olhos. Não, não era um bom dia. E nem seria um bom final de semana. TPM. Sim, uma TPM desgraçada que me fazia chorar só porque nasceu - mais uma - espinha no meu queixo. E deparar com todas as mulheres lindas da sua vida. Ok, todo mundo tem passado. Eu também. Mas detesto quando ele fica presente. Ali, olhando pra minha cara e dizendo, quase gritando: “Feia! Feia!”. E eu aceito. E eu acredito. E pensar que ainda ficaria pior... Porque ainda teve o telefonema. Como é que eu ia adivinhar? E pensar que naquela hora tudo o que eu queria era voltar pra casa e chorar copiosamente... por nada. Mas o motivo viria a galope. E veio. Chorei, chorei e chorei. Pus pra fora todos os meus medos e fraquezas e inseguranças. Medo. Muito medo. Tentei esquecer tudo aquilo e deixar passar... E aquele dia acabou bem. O dia seguinte começou bem também. Até a tardinha. Poderia ter deixado assim. Mas eu procurei a verdade. Como assim eu estava sem forças pra ouvir tudo aquilo? Como assim julguei errado as pessoas? Como assim eu sou uma otária? Como assim tudo isso meu Deus?! Racionalizei e decidi solucionar. Sei que te peguei desprevenido. Essa era a intenção. E assim foi. Aquela vontade de chorar e de sumir... tudo de novo. Pesadelo com realidade. Tudo feio, triste e amargo. Tudo errado! Tinha que aceitar, embora seja difícil de pensar em tudo sem que me venha esse nó no estômago. Eu sei que você também sentiu. Arrumar as coisas. Arrumar você, arrumar ela. Mas não consigo me arrumar ainda... Talvez nunca consiga...

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Ah, o feriado! Ótimo! Vou ficar em casa, descansar, estudar, e estar com você! Passar dias e noites juntos com você é do que eu mais preciso agora... Como que pode né? Aquilo que deveria nos enfraquecer, nos fortaleceu. Tipo a frasesinha do concreto: “quanto mais agita, mais firme ele fica”. Assim espero. Mesmo. Cada abrir os olhos, cada estar junto com você. Cada café-da-manhã, cada anoitecer, cada minuto com você foi excelente. E quem diria hein?! Eu até quis cozinhar pra você! (Perdão por ter feito você passar por essa experiência... :p). E o sábado? O que dizer do dia 17? O dia da estrela... assim como eu! O dia em que firmamos e materializamos o nosso compromisso e o nosso sentimento. Diante de Deus, de Santa Teresinha e de toda a patota celestial... foi lindo! Completamente, perfeitamente e plenamente lindo... Agora me faltam verbos e palavras pra continuar escrevendo... Mas que seja! As entrelinhas falam por si mesmas... Muitos feriados e fins de semana como este para nós! E muitos outros melhores! E muitos e muitos outros com você! Perfeito seria pouco para descrever os momentos que passamos não é mesmo? Espero que pra você, assim como pra mim, a resposta também seja sim...

sábado, 17 de novembro de 2007

Nascimento do prazer

"O prazer nascendo dói tanto no peito que se prefere sentir a habituada dor ao insólito prazer. A alegria verdadeira não tem explicação possível, não tem a possibilidade de ser compreendida - e se parece com o início de uma perdição irrecuperável. Esse fundir-se total é insuportavelmente bom - como se a morte fosse o nosso bem maior e final, só que não é a morte, é a vida incomensurável que chega a se parecer com a grandeza da morte. Deve-se deixar-se inundar pela alegria aos poucos - pois é a vida nascendo. E quem não tiver força, que antes cubra cada nervo com uma película protetora, com uma película de morte para poder tolerar a vida. Essa película pode consistir em qualquer ato formal protetor, em qualquer silêncio ou em várias palavras sem sentido. Pois o prazer não é de se brincar com ele. Ele e nós."

(Clarice Lispector)

domingo, 11 de novembro de 2007

animal instinct

"So take my hands end come with me,
We will change reality...
So take my hands an we will pray,
They won't take you away...

They will never make me cry...
They will never make me die..."

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

uma imagem vale por mil palavras...



"Tenho pena da morte - cadela faminta - a quem deixamos a carne doente e finalmente os ossos, miseráveis que somos... O resto é indevorável."


terça-feira, 6 de novembro de 2007

Seus Passos (Skank)

domingo, 4 de novembro de 2007

inacreditável!

Quando você pensa que as coisas já estão tão boas que não poderiam melhorar, vêm o feriado e te surpreende, provando que você está enganada: AS COISAS PODEM FICAR AINDA MELHORES!

Thanks God!