sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Então é Natal...

Ah, o Natal...

Época de reflexões, de deixar (um pouquinho) de lado as diferenças, de voltar a ser criança e enfeitar a casa toda com árvores e Noéis, abraçar e fazer bons votos à todos!

Este blog estará temporariamente fora de serviço devido a problemas técnicos no meu computador que estão longe de serem solucionados...

De mais a mais, estarei viajando. Gente, vou conhecer a família do namorado!!! Prometo que se voltar com vida, escreverei um post contando como foi! (Mas já vou adiantando que com certeza meu potencial destrutivo estará a milhão, e é bem provável que eu quebre um prato, derrame café na toalha branquinha, queime o chuveiro, perca o cachorro e por aí vai...)

Beijos à todos! Ótimo Natal! E não esqueçam quem é o aniversariante dia 25!
E vão pela sombra!

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

ONU

"Senhor, a nossa terra é apenas um pequeno astro no imenso universo. Depende de nós fazer dela um planeta no qual as criaturas não sejam atormentadas pela guerra, torturadas pela fome e pelo medo, dilaceradas pelas absurdas discriminações de raças, da cor da pele ou ideologias.
Dai-nos a coragem e a clarividência de começar, desde hoje, esta obra, a fim de que nossos filhos e os filhos dos nossos filhos possam, um dia, levar com orgulho o nome de homens."

(Oração das Nações Unidas)

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

VOCÊ

Posso comer uma caixa de bis - e não passa.
Posso ouvir suas músicas preferidas - e não passa.
Posso andar horas e horas - e não passa.
Posso ler jornal - e não passa.
Posso fazer compras - e não passa.
Posso desviar meus pensamentos, escrever poesias, sair com os amigos.
E não passa!
Saudade eu sei o que é.
E não é isso que sinto a todo momento.
Mesmo quando ouço sua voz.
Mesmo quando estou ao seu lado.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

i miss you

Sinto a falta dele. Sinto muito a falta dele.
Sinto falta das ótimas noites regadas à Smirnoff Ice no Petroval. Sinto falta de me abraçar ao braço dele no cinema. Sinto falta de rir com ele, de conversar com ele, de interagir com ele. Sinto falta das mensagens-surpresa-agradabilíssima no celular. Sinto falta das ligações no meio do dia 'só pra mandar um beijo'. Sinto falta da atenção. Sinto falta dos beijos tipo desentupidor-de-pia em lugares públicos que me deixavam morta de vergonha, mas que no fundo eu adorava. Sinto falta de beijos-desentupidores em geral. Sinto falta dos abraços. Sinto falta, principalmente, dos abraços apertados e demorados. Sinto falta dos afagos. Sinto falta de estar do lado dele sem obrigatoriamente ter que ver ele dormir cinco minutos depois. Sinto falta das despedidas no portão, demoradas e cheias de voltas atrás...
Sinto falta de estar com ele sem que estejamos cansados ou atarefados ou estressados ou irritados ou sobrecarregados ou sei-lá-o-quê-ados que seja...

Sei que vou sentir a falta dele por mais tempo ainda... Esta saudade está longe de terminar. Mas eu ainda prefiro que seja assim à não ser nada...

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

`as vezes

`as vezes demora pra discernir
`as vezes coloca os pés no chão
`as vezes se joga sem medo
`as vezes mete os pés pelas mãos

`as vezes

`as vezes paixão
`as vezes tesão

`as vezes dá certo
`as vezes já deu

terça-feira, 27 de novembro de 2007

ABOUT YESTERDAY (AND ANOTHER DAYS...)

"Como se ela não tivesse suportado sentir o que sentira, desviou subitamente o rosto e olhou uma árvore. Seu coração não bateu no peito, o coração batia oco entre o estômago e os intestinos." CL

Fugir. Tem hora que tudo o que eu quero é fugir. Sumir, desaparecer... Há duas semanas tudo tem um gosto diferente, meio amargo... As coisas que eu engolia bem, agora já não descem mais. Estou intolerante, insuportável. E o que é pior: só estou assim com você. O resto do mundo gira como se nada tivesse acontecido. Sorrio, brinco, sou a mesma Patrícia de sempre. Mas quando você se aproxima, algo de muito errado acontece comigo e eu me transformo nessa coisa que você já sabe... E que te coloca a quilômetros e quilômetros de distância de mim.
Estamos cansados. Estamos estressados. Estamos sob pressão. Tanto eu como você. Talvez você mais do que eu. Ou não. A pressão que eu coloco sobre mim mesma pra conseguir atender você da forma que você merece nestes momentos complicados também tem comprometido bastante a minha já duvidosa sanidade mental.
Ontem foi um dia difícil, não é mesmo? Eu quis ir embora. Eu fui embora. Você salvou a minha vida. Você salvou a minha vida quando foi atrás de mim. Você salvou a minha vida quando me pediu pra ficar. Você salvou a minha vida quando disse que não me deixaria ir... Você salvou a minha vida! Você sabe que eu jamais te deixaria sozinho nas horas em que você precisa. Mas ontem, ontem foi difícil...
Às vezes sua indiferença me machuca. E me machuca porque nem chega a ser indiferença, mas eu vejo como sendo. Às vezes você se afasta de mim, just like I do: sem beijos de chegada ou de despedida. Sem abraços apertados e demorados... Às vezes eu espero coisas demais de você. Culpa minha (e apenas minha), eu sei... Quase sempre espero que você se comporte e aja como eu me comportaria ou agiria. Às vezes somos orgulhosos e nos calamos quando deveríamos falar. Ou falamos demais de coisas desnecessárias quando o que realmente importa não é dito. Fica subentendido. E por isso mesmo, cada um faz a idéia que quer da situação.
Às vezes tanto eu como você pensamos que somos ignorantes demais e que fazemos tudo errado...
Não posso curar todas as feridas, cicatrizes, frustrações... Não posso mudar o que já passou. Não consigo pegar os meus e os seus medos e trancafiá-los dentro de uma gaiolinha para sempre. Não posso fingir que algumas coisas simplesmente não existem...
Mas tenho muita certeza e convicção quando digo que tudo isso vai acabar. E vai acabar nos fazendo um bem incomensurável. Acredite. Vai nos amadurecer. Amadurecer o nosso sentimento... As cicatrizes nos serão úteis para nos lembrarmos das nossas quedas em um futuro qualquer. Nos farão rir e nos entreolharmos com ternura quando a lembrança disso tudo não passar de uma vaga memória... E para que tudo fique bem. Para que tudo fique ótimo. Melhor do que era antes. Eu hoje decidi ser forte. A mulher mais forte do mundo. E você a tem bem aqui. Do seu lado. Invencível, incansável, guerreira. Conte com ela. Esteja com ela. Esteja comigo. E não esqueça de onde ela tira suas forças...
(=Ah! E antes que eu me esqueça: obrigada pelos fantásticos sete meses ao seu lado!=)

sábado, 24 de novembro de 2007

TPM

Vamos ver se coloco de forma que não haja mais dúvidas quanto a este assunto...

Quando acordo na TPM, a primeira coisa que penso é: TUDO está errado. E por “tudo” eu quero dizer o MUNDO, entende? Tipo, a crosta terrestre, a atmosfera, a hidrosfera e principalmente a biosfera, que me enviou como representante esse MALDITO BEM-TE-VI QUE ESTÁ GRITANDO NA PORRA DA MINHA JANELA!!!

Aí, eu faço um vídeo-clipe mental de “Matador de passarinho” do Skylab. [Abre-MERCHAN!!!] música que faz parte do Cd “Trilha sonora da TPM”, que traz vários outros sucessos para animar esse período mágico como “Sou rebelde porque o mundo quis assim” e ainda “Essa vida me maltrata, estou virando um psicopata”. Peça já o seu!!! [Fecha-MERCHAN!!!]

O vídeo-clipe me deixa mais alegrinha e pronta pra pensar em coisas mais amenas como “queria que meu chefe morresse” ou “eu odeio filhotinhos de gato”. Daí pra frente a coisa só vai melhorando. A sensação de que tudo está errado vai virando certeza absoluta, me levando ao ponto de argumentar com veemência a favor de Deus mudar a cor desse céu azul-irritante.

Vai discordar? Boa sorte. Isso só aumentará a sua dor, isto é certo. A única dúvida é quanto a forma que o ódio escolherá pra sair de mim, em sua direção. Vejamos as opções para o exemplo supracitado:

a) Ficar alterada e continuar argumentando no melhor estilo Heloísa Helena;
b) Chorar copiosamente repetindo “MAS POR QUE AZUL, CARA??? POR QUÊEEEEE????”
c) Lançar um grampeador em sua direção (reze para que a tesoura não esteja mais a mão).

Mas o que eu acho mais maravilhoso na TPM é que ela é convincente. Você realmente acredita que o certo a fazer é arremessar o grampeador, você sente toda aquela indignação quando as pessoas não compartilham do seu raciocínio, todo aquele ódio quando a porra da tampa do refrigerante cai, toda aquela vontade de chorar quando vê o comercial do “Mercado Livre” (aquele bem idiota com um carinha que vende um beijo, sabe?). Enfim... TPM é isso, ad infinitum.

Uma amiga minha conta que já foi a uma médica pedir ajuda para controlar a metamorfose mensal que a pobre menina sofria. A médica fez pouco caso. Disse que TPM é coisa de revista feminina. Bom, neste caso, acho que a Coca-Cola e a CIA poderiam fazer um cursinho com a galera da “Nova”, para aprenderem o “ultimate-método-de-lavagem-cerebral”, porque PUTA QUE PARIU, ele é SUPER eficiente! Eu, por exemplo, NUNCA comprei um único exemplar de “Marie Claire” ou similares, mas a TPM, essa sim, eu recebo mensalmente e sem pagar assinatura.

Talvez, a médica, estivesse tentando dizer, de forma extremamente simplificada, que o ser humano é, ao mesmo tempo, um ser biológico, social e cultural. Assim, a TPM (bem como a adolescência, a menopausa, a “crise da meia-idade”, etc) têm sido supervalorizados pela mídia, que na falta de um assunto melhor (ou de espectadores/leitores melhores), apela para este “cardápio fácil” com o intuito de continuar vendendo suas revistas e ganhando seus pontos no ibope. Neste sentido, a TPM é uma construção cultural/social, mas a base desta construção É, SIM, BIOLÓGICA (uma médica deveria saber).

E cá entre nós, eu só estou me dando ao trabalho de dar toda essa justificativa tão pretensiosamente científica, porque não estou na TPM.

Caso estivesse, mandaria todo mundo tomar no cú, e pronto.

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Black and Blue

(Este texto narra os fatos do fim de semana passado e deste. Os quais, só agora tive tempo – e de certo modo, coragem - para postar...)

******************************************************************************** Abrir os olhos. Não, não era um bom dia. E nem seria um bom final de semana. TPM. Sim, uma TPM desgraçada que me fazia chorar só porque nasceu - mais uma - espinha no meu queixo. E deparar com todas as mulheres lindas da sua vida. Ok, todo mundo tem passado. Eu também. Mas detesto quando ele fica presente. Ali, olhando pra minha cara e dizendo, quase gritando: “Feia! Feia!”. E eu aceito. E eu acredito. E pensar que ainda ficaria pior... Porque ainda teve o telefonema. Como é que eu ia adivinhar? E pensar que naquela hora tudo o que eu queria era voltar pra casa e chorar copiosamente... por nada. Mas o motivo viria a galope. E veio. Chorei, chorei e chorei. Pus pra fora todos os meus medos e fraquezas e inseguranças. Medo. Muito medo. Tentei esquecer tudo aquilo e deixar passar... E aquele dia acabou bem. O dia seguinte começou bem também. Até a tardinha. Poderia ter deixado assim. Mas eu procurei a verdade. Como assim eu estava sem forças pra ouvir tudo aquilo? Como assim julguei errado as pessoas? Como assim eu sou uma otária? Como assim tudo isso meu Deus?! Racionalizei e decidi solucionar. Sei que te peguei desprevenido. Essa era a intenção. E assim foi. Aquela vontade de chorar e de sumir... tudo de novo. Pesadelo com realidade. Tudo feio, triste e amargo. Tudo errado! Tinha que aceitar, embora seja difícil de pensar em tudo sem que me venha esse nó no estômago. Eu sei que você também sentiu. Arrumar as coisas. Arrumar você, arrumar ela. Mas não consigo me arrumar ainda... Talvez nunca consiga...

********************************************************************************
Ah, o feriado! Ótimo! Vou ficar em casa, descansar, estudar, e estar com você! Passar dias e noites juntos com você é do que eu mais preciso agora... Como que pode né? Aquilo que deveria nos enfraquecer, nos fortaleceu. Tipo a frasesinha do concreto: “quanto mais agita, mais firme ele fica”. Assim espero. Mesmo. Cada abrir os olhos, cada estar junto com você. Cada café-da-manhã, cada anoitecer, cada minuto com você foi excelente. E quem diria hein?! Eu até quis cozinhar pra você! (Perdão por ter feito você passar por essa experiência... :p). E o sábado? O que dizer do dia 17? O dia da estrela... assim como eu! O dia em que firmamos e materializamos o nosso compromisso e o nosso sentimento. Diante de Deus, de Santa Teresinha e de toda a patota celestial... foi lindo! Completamente, perfeitamente e plenamente lindo... Agora me faltam verbos e palavras pra continuar escrevendo... Mas que seja! As entrelinhas falam por si mesmas... Muitos feriados e fins de semana como este para nós! E muitos outros melhores! E muitos e muitos outros com você! Perfeito seria pouco para descrever os momentos que passamos não é mesmo? Espero que pra você, assim como pra mim, a resposta também seja sim...

sábado, 17 de novembro de 2007

Nascimento do prazer

"O prazer nascendo dói tanto no peito que se prefere sentir a habituada dor ao insólito prazer. A alegria verdadeira não tem explicação possível, não tem a possibilidade de ser compreendida - e se parece com o início de uma perdição irrecuperável. Esse fundir-se total é insuportavelmente bom - como se a morte fosse o nosso bem maior e final, só que não é a morte, é a vida incomensurável que chega a se parecer com a grandeza da morte. Deve-se deixar-se inundar pela alegria aos poucos - pois é a vida nascendo. E quem não tiver força, que antes cubra cada nervo com uma película protetora, com uma película de morte para poder tolerar a vida. Essa película pode consistir em qualquer ato formal protetor, em qualquer silêncio ou em várias palavras sem sentido. Pois o prazer não é de se brincar com ele. Ele e nós."

(Clarice Lispector)

domingo, 11 de novembro de 2007

animal instinct

"So take my hands end come with me,
We will change reality...
So take my hands an we will pray,
They won't take you away...

They will never make me cry...
They will never make me die..."

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

uma imagem vale por mil palavras...



"Tenho pena da morte - cadela faminta - a quem deixamos a carne doente e finalmente os ossos, miseráveis que somos... O resto é indevorável."


terça-feira, 6 de novembro de 2007

Seus Passos (Skank)

domingo, 4 de novembro de 2007

inacreditável!

Quando você pensa que as coisas já estão tão boas que não poderiam melhorar, vêm o feriado e te surpreende, provando que você está enganada: AS COISAS PODEM FICAR AINDA MELHORES!

Thanks God!

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

[um sopro de vida]

"Aceitar-me plenamente? É uma violentação de minha vida. Cada
mudança, cada projeto novo causa espanto: meu coração está espantado. É por isso
que toda minha palavra tem um coração onde circula sangue."

P.S.: Estarei alguns dias off-line... Volto com um superbronzeado depois do feriado! ;P

domingo, 28 de outubro de 2007

li por aí...

palavras de um amigo:

"sabe, mãe... quanto mais o tempo passa, mais eu tenho convicção de que não vou abrir mão da minha felicidade. por nada."

simples, quase redundante e muito inspirador.

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

memórias, crônicas e declarações de amor


Um ano de blog!!!
Obrigada a todos que me renderam histórias ou que passaram por aqui para lê-las!

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

ON THE INSIDE....

É PRECISO TER O CAOS DENTRO DE SI. JÁ DIZIA NIETZSCHE.

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Eu ia postar, juro! Mas a Clarice não deixou!

Sou o que se chama de pessoa impulsiva. Como descrever? Acho que assim: vem-me uma idéia ou um sentimento e eu, em vez de refletir sobre o que me veio, ajo quase sempre que imediatamente. O resultado tem sido meio a meio: às vezes acontece que agi sob uma intuição dessas que não falham, às vezes erro completamente, o que prova que não se tratava de intuição, mas de simples infantilidade. Trata-se de saber se devo prosseguir nos meus impulsos. E até que ponto posso controlá-los. Há um perigo: se reflito demais, deixo de agir. E muitas vezes prova-se depois que eu deveria ter agido. Estou num impasse. Quero melhorar e não sei como. Sob o impacto de um impulso, já fiz bem a algumas pessoas. E, às vezes, ter sido impulsiva me machuca muito. E mais, nem sempre meus impulsos são de boa origem. Vêm, por exemplo, da cólera. Essa cólera às vezes deveria ser desprezada; outras, como me disse uma amiga a meu respeito, são cólera sagrada. Às vezes minha bondade é fraqueza, às vezes ela é benéfica a alguém ou a mim mesma. Às vezes restringir o impulso me anula e me deprime. (muitas vezes) Que farei então? Deverei continuar a acertar e a errar, aceitando os resultados? Ou devo lutar e tornar-me uma pessoa mais adulta? E também tenho medo de tornar-me adulta demais: eu perderia um dos prazeres do que é um jogo infantil. Vou pensar no assunto. E certamente o resultado ainda virá sob a forma de um impulso. Não sou madura ainda. Ou nunca serei.”

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

waking life

Anseio e frustração. É daí que eu acho que veio a linguagem. Quero dizer, veio do desejo de transcender o nosso isolamento e estabelecer ligações uns com os outros. Devia ser mais fácil quando era uma questão de mera sobrevivência.

Eu digo "água". Criamos um som para isso. "Tigre atrás de você". Criamos um som para isso. Mas fica realmente interessante, acredito eu, quando usamos esse mesmo sistema de símbolos para comunicar tudo de abstrato e intangível que vivenciamos. O quê é frustração? O quê é "raiva" ou "amor"?

Quando eu digo "amor" o som sai da minha boca e atinge o ouvido de outra pessoa, viaja por um canal labiríntico em seu cérebro através das memórias de amor - ou falta de amor. O outro pode até dizer que compreende, mas como eu sei disso? As palavras são inertes, são apenas símbolos, estão mortas! E tanto da nossa experiência é intangível. Tanto do que percebemos é inexprimível, é indizível. E ainda assim, quando nos comunicamos uns com os outros e sentimos ter feito uma ligação e termos sido compreendidos, temos uma sensação quase como uma comunhão espiritual. Essa sensação pode ser transitória, mas é para isso que vivemos.

(transcrição de diálogo do filme waking life, richard linklater)

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

estrela perigosa

Tem coisa melhor que receber uma ligação e começar a ouvir do outro lado alguém me lendo "Estrela Perigosa", de ninguém mais ninguém menos que a Clarice?!
Garoto, tem hora que eu realmente não sei como é que você consegue fazer isso comigo... E, é claro, eu adoro!!! Muito Obrigada! :)

Estrela perigosa

Estrela perigosa
Rosto ao vento
Marulho e silêncio
leve porcelana
templo submerso
trigo e vinho
tristeza de coisa vivida
árvores já floresceram
o sal trazido pelo vento
conhecimento por encantaçãoes
queleto de idéiasora pro nobis
Decompor a luzmistério de estrelas
paixão pela exatidão
caça aos vagalumes.
Vagalume é como orvalho
Diálogos que disfarçam conflitos por explodir
Ela pode ser venenosa como às vezes o cogumelo é.
No obscuro erotismo de vida cheianodosas raízes.
Missa negra, feiticeiros.
Na proximidade de fontes,
lagos e cachoeiras
braços e pernas e olhos,
todos mortos se misturam e clamam por vida.
Sinto a falta dele
como se me faltasse um dente na frente: excrucitante.
Que medo alegre,
o de te esperar.

terça-feira, 16 de outubro de 2007

loose

Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Há!

Escrever sobre o fim-de-semana seria diminuí-lo.
E ninguém iria acreditar mesmo! ;p

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

três dias de litoral

A vida é urgente e a felicidade, uma obrigação.

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

os dispostos se atraem...

Eu sou trident de canela. Ele trident de hortelã. Eu sou vinho doce. Ele é vinho seco. Eu sou comida italiana. Ele é comida japonesa. Eu sou sprite. Ele é coca-cola. Eu sou rock'n roll. Ele é música clássica. Eu sou ensaio de escola de samba. Ele é meditação. Eu sou exatas. Ele é biociências. Eu sou acordar tarde. Ele é acordar cedo. Eu sou admirar as estrelas. Ele é contemplar o pôr-do-sol.

As diferenças são muito maiores.
As diferenças tornam-se muito menores...

(= E eu estou muito feliz por ter ele comigo! =)

terça-feira, 9 de outubro de 2007

VÍCIO

Não cessa essa vontade de você. Ela só aumenta ao invés de saciar. Não importa quantos tenham sido os beijos, os abraços... Também não importa se nos vimos a horas atrás, minutos ou segundos. Você não me cansa. Vontade que não cessa. Vontade que não acaba. Estou viciada em você - e este vício faço questão de manter.

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

The call

Hoje recebi uma ligação no meio do dia. Era o meu pai. Até aí normal, meu pai vive ligando pra mim pedindo pra falar com os meus chefes (que são amigos dele) e se usa do meu telefonezinho pra aproveitar as promoções e blá blá blá...
Mas hoje o motivo não foi esse... E foi exatamente isso que me assustou...
[Abre parêntese gigante porque agora eu tenho que voltar alguns dias pra fazer com que você, caro leitor (cri... cri...) acompanhe meu raciocínio e entenda toda a minha estranheza.]
No início dessa semana, meu pai ficou sabendo que corre o risco de ter um infarto. A partir de agora terá de tomar vários remédios (entre eles alguns anti-depressivos) e viver uma vida toda regrada. Neste mesmo dia, vi ele mostrando pra minha mãe o papel do seu seguro de vida...
E hoje ele me liga e me fala um monte de coisas estranhas... Pergunta se eu estou feliz, dos meus planos, que quer que eu seja feliz... Como se ele não fosse estar aqui no futuro, onde essas palavras de fato deveriam ser ditas... Confesso que isso me assustou...
Será que meu pai está achando que vai morrer logo? Mas o meu pai não pode... Não!!!
Eu passei a vida inteira achando que as pessoas que eu amo seriam imortais... Claro que não dessa maneira tipo Highlander, mas a verdade é que nunca sequer cogitei a possibilidade de perdê-los... Meu pai, minha mãe, meus irmãos, minha avó...
Ver que o ciclo da vida existe (e que não perdoa nada nem ninguém) é como ser acordada por uma lambida de cachorro no meio da cara...
Será que não dava pra esperar só mais uns 200 anos?

domingo, 30 de setembro de 2007

parafuso...

Ainda está tudo aqui...
Os sentimentos todos correndo e gritando pra lá e pra cá...
Eu tenho lapsos de lucidez que me fazem entender cada vez um pouco mais do que aconteceu.
Algo está mais forte, algo está mais frágil... Ainda que eu não saiba extamente o que é que está o quê.

As coisas vão se organizar, isto é um fato...
E eu não quero mais ter medo.

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

hoje eu escolhi...

Até onde vale a pena toda essa “sabedoria”? De que vale ver um homem e só enxergar um inimigo? Essa fase “dois pés atrás” acaba te defendendo do mal, mas também te afasta do bem.
Cansei de pensar em duplos sentidos para o que me falam. De só ler más intenções por trás de palavras bonitas. De lutar contra a minha vontade a favor da razão.
Se pra ser “inteligente” e “safa” é preciso ser neurótica e infeliz, eu prefiro ser burra.

Hoje eu escolhi acreditar em sorrisos sinceros.

Veja bem, não estou aqui dizendo que amanheci no país das maravilhas e que nada de mal vai me acontecer. Só que viver 24 horas por dia na defensiva, não dá.

Hoje eu escolhi arriscar.

Me arriscar a ser feliz. Porque o amor exige o risco. O amor é inconseqüente, cego, surdo – e burro. Amor comedido, planejado, cauteloso e metódico não é amor, é quase uma relação comercial.
Sei que posso parecer (e estou sendo) egoísta, mas sim, só estou olhando pro meu umbigo: não estou aqui só pra dar bons exemplos a serem seguidos ou me importar com opiniões de terceiros.

Hoje eu escolhi esquecer de tudo.

Não posso viver assim, sonhando com um passeio de bicicleta, saber andar, ter a bicicleta, ter todos os caminhos do mundo a seguir e não fazê-lo por medo de cair. A gente sabe que está sujeito a isso, mas não deve temer. O medo aprisiona. A coragem liberta. Eu sei que posso cair, mas não quero pensar nisso. Não hoje.

Porque hoje escolhi pensar em você.

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Capricho ou necessidade?

Tolerância, nas palavras do Duda (sempre ele!), é dizer “não gosto disso, mas eu te compreendo”. Mas deve-se dizer isso à quem diz respeito, porque senão as coisas ficam guardadas envenenando a gente... E aí, quando deveríamos jogar em cima das pessoas uma dose homeopática do nosso descontentamento, jogamos em cima dela todo esse acumulado que ficou ali, apenas esperando para ser derramado...
E o que acontece depois disso infelizmente não é mistério pra ninguém...
Tenho me esforçado pra ser tolerante e coerente. Confesso que depois de ouvir essa definição de tolerância me senti aliviada, afinal, sou bem mais tolerante do que pensava. Outra coisa que me tranqüilizou é saber que posso "não gostar". Não é uma questão de como eu me sinto, mas de como eu me comporto. E meu comportamento é uma decisão minha.
Sei que não deveria ter estado naquela mesa ontem... Esses momentos sempre me fizeram refletir e eu sempre fico insatisfeita comigo e com a minha vida nessas horas... Nem lembro quantas vezes já fui ao banheiro pra chorar nesses barzinhos... e nunca conseguia. Ontem isso aconteceu de novo. Eu ali, deslocada, parada, pateta, como se todo mundo fizesse parte de um mundo ao qual eu não pertenço (ok, dramatizei, mas beleza...). Essa sensação é uma velha companheira minha... Sei que a culpa disso é minha, EU NÃO DEVERIA ESTAR LÁ! Não naquela situação, não daquele jeito. Sei que se fosse de outra maneira nada disso teria passado pela minha cabeça... Mas não foi. Eu fiz o que não deveria ter feito: olhar ao me redor e ver que não, definitivamente não era assim que eu queria estar...
E é aí, exatamente aí, que começa o meu conflito.
Querer que ele estivesse ali, comigo, naquela hora: capricho (elementar...).
Mas aí eu pensei (FODA!) que isso poderia se repetir muitas e muitas vezes e por inúmeros motivos (todos absolutamente aceitáveis e compreensíveis)...
Mas... mas eu não quero isso!
E agora? Capricho?
Confesso que sempre achei que seria condescendente a esse respeito... Mas também confesso que desconhecia as coisas das quais eu preciso...
E aquela maldita mesa me fez colocar em xeque tudo isso...

sábado, 22 de setembro de 2007

só uma perguntinha...

Será que dava pra parar o mundo pra eu descer?!

Agradecida.

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

teto de vidro

Somos vítimas das nossas escolhas e das escolhas dos outros também...

Por exemplo, se o motorista do ônibus escolher pisar mais no acelerador, eu, que saio de casa no mesmo horário, não conseguiria andar nele! Mas é claro que eu não estou aqui pra falar de minhas desventuras nos ônibus (deixemos este assunto para uma outra postagem).
Eu falava sobre as escolhas, né.
Toda aquela teoria que ontem me fazia quase surtar me fez praticamente uma revelação hoje (a revelação está aí em negrito na primeira linha do post – não é o título!).
Envolvimento x Comprometimento...
Coerência com aquilo que eu julgo correto...
Por mais que algo não seja da maneira que eu quero, eu devo respeitar as escolhas das pessoas, porque isso vai abrir a porta para que eu seja respeitada no momento em que as minhas escolhas afetarem os outros.
Hoje vejo muitas coisas com outros olhos... E entendo os intolerantes... E apesar de compreendê-los, estou me esforçando para não me tornar um deles. Entendo que é fácil se dizer a favor de alguma situação quando ela sequer faz parte do seu mundo... Mas faça dessa situação uma pedra no seu sapato e veja até onde você conseguiria ser tolerante...
Não sei se vou conseguir... Estou tentando porque é o que me parece correto fazer, e porque é o que eu quero fazer! Quero espernear também, mas sei que não devo... E me permito não gostar disso, desde que minhas atitudes não afetem ou magoem ninguém (o Duda ficaria orgulhoso de ler isto... hehe).

Enfim... é isso!

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Um... Dois... Três...

... Quatro... Cinco... Seis... Sete... Oito... Nove... Dez...

Pronto!

Vamos recomeçar: Definitivamente tenho que parar de postar na hora da raiva... Ah! Que morra! Claro que não! Não mudaria uma única letra do que escrevi ali! Não mesmo!

Mas, atualizando...
Meu aniversário foi ótimo! Desde sábado comemorando, cercada de pessoas que gostam de mim (ou pelo menos tentam gostar). Recebi vários abraços e parabéns, coisas que eu simplesmente ADORO!

O causo do post aí de baixo se chama MELINDRE. Normal. Acontecem coisas que eu não gosto, e eu esperneio. Simples. Mas enfim... depois pondero e sei que existem coisas que fogem ao nosso alcance... E que ainda que isso seja ruim, o contrário seria muito pior (e totalmente contra os meus princípios).
De qualquer forma, estou triste, e posso ficar assim, FODA-SE! O que eu sinto é problema meu, como eu ajo é que importa!
Fico pensando naquelas teorias de envolvimento e comprometimento... e pão com bacon e ovos... e no livro do "Monge e o Executivo"...
Ih... Acho que estou prestes a surtar!

mentir é fácil demais...

Passou meu aniversário... talvez a blogosfera nem tenha se dado conta... Tudo bem!
Como tudo na minha vida é regido pela Lei de Murphy AO QUADRADO, o que deveria ser o início do meu paraíso astral, se converteu no mais escuro INFERNO!

Deixa pra lá... comigo é tudo assim mesmo...

Fiquem com a Clarice que, como sempre, fala por mim:

"Amanheci em cólera. Não, não, o mundo não me agrada. A maioria das pessoas estão mortas e não sabem, ou estão vivas com charlatanismo. E o amor, em vez de dar, exige. E quem gosta de nós quer que sejamos alguma coisa de que eles precisam. Mentir da remorso. E não mentir é um dom que o mundo não merece. E nem ao menos posso fazer o que uma menina semiparalítica fez em vingança: quebrar um jarro. Não sou semiparalítica. Embora alguma coisa em mim diga que somos todos semiparalíticos. E morre-se, sem ao menos uma explicação. E o pior- vive-se sem ao menos uma explicação. E ter empregadas, chamemo-las de uma vez de criadas, é uma ofensa à humanidade. E ter a obrigação de ser o que se chama de apresentável me irrita. Por que não posso andar em trapos, como os homens que as vezes vejo na rua com a barba até o peito e uma bíblia na mão, esses deuses que fizeram da loucura um jeito de entender? E por que, só porque eu escrevi, pensam que tenho que continuar a escrever? Avisei a meus filhos que amanheci em cólera, e que eles não ligassem. Mas eu quero ligar. Queria fazer alguma coisa definitiva que rebentasse com o tendão tenso que sustenta meu coração."

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

O Caso Renan


quarta-feira, 12 de setembro de 2007

sete coisas...

Que eu mais digo:
1. “Mas enfim...”/ “Então...”
2. “Há! Capaiz...”/ “Né?!”
3. “Deixa eu falar?!”/ “Posso falar?!”
4. “E como é que eu faço pra saber isso?” / “E eu tenho bola de cristal pra adivinhar?!”
5. “Ah! Que morra...” / “Afe...”
6. “Pelo amor de Deus!”/ “Cê ta falando sério??”
7. “Ameeeiii!!!”

Que eu faço bem:
1. Reparar nas pessoas.
2. Divagar sobre o nada.
3. Bolo de chocolate.
4. Limpar e arrumar as coisas (putaquipariu, hein!)
5. Derivadas, integrais, transformadas de Laplace e de Fourier.
6. Comer. E, aliás, faço muito bem!
7. Falar qualquer merda pra me livrar de um silêncio desconfortável. [abre parêntese gigante porque essa merece exemplo:]
Sábado à noite, na casa de um amigo, o pai dele no hospital – mas já estava tudo bem, só pra constar – todo aquele climão e a gente escolhendo um filme (em silêncio) pra assistir.
- Nossa! Esse espelho emagrece ou será que sou eu?! Amei!!

Pra fazer antes de morrer:
1. Banho de mar à noite (sem roupa, de preferência. ui!)
2. Ter uma casa no campo... ou em Natividade da Serra... ou os dois! :p
3. Não usar e não aceitar aquela desculpa fácil da falta de tempo pra justificar as ausências das pessoas que amamos. Tempo é uma questão de preferência – ouvi o Jô Soares dizer essa frase, mas não sei de quem é.
4. Viajar. Viajar. Viajar. Pra qualquer lugar.
5. Assistir o nascer do sol (acompanhada, de preferência. ui de novo!)
6. Tem uma coisa que eu não falo... mas que sem dúvida eu tenho que fazer antes de morrer! :p
7. Ter filhos.

Que eu não faço:
1. Unha. Não consigo! Não tenho coordenação motora!
2. Comer algo que eu não goste, mesmo que esteja morrendo de fome.
3. Contar vantagem.
4. Aceitar mentiras e fingimentos.
5. Contas de dividir na cabeça.
6. Gastar uma fortuna em balada.
7. Atender o telefone se ele tocar quando eu estiver dormindo.

Que eu adoro:
1. Edredom.
2. Cinema/DVD.
3. Rufles com Iogurte (mas não misturado né!)
4. Cafuné.
5. Tudo isso ao mesmo tempo.
6. Nhoque.
7. Andar de carro ouvindo música.

Que eu odeio:
1. Telemarketing.
2. Ir ao banco no quinto dia útil (este do fundo do meu coração).
3. Gente folgada/egoísta.
4. Mentira.
5. Cochichos, risinhos e olhares na minha direção.
6. Gente que fala uma coisa querendo dizer outra. (e eu tenho bola de cristal pra adivinhar o que passa pela sua cabecinha?)
7. Aquele pingo gelado filha-da-puta do meu chuveiro.

Que me fazem surtar:
1. Bater o dedinho do pé em alguma coisa (o que acontece com uma certa constância comigo...)
2. Que me acordem com um susto.
3. Ter que repetir dez mil vezes a mesma coisa.
4. Mendigar amor e aprovação das pessoas e só conseguir indiferença e implicância (sim, eu sou uma idiota por fazer isso...).
5.Ser mal interpretada ou incompreendida, mesmo depois de explicar a situação milhares de vezes, mesmo dando provas de que eu não sou o tipo de pessoa que faria/diria tal coisa, mesmo simplificando ao nível de “vovô viu a uva”. FODA! Tenho vontade de me internar num manicômio! Lá ninguém vai acreditar ou entender o que eu estou dizendo, mas pelo menos eu estaria drogada.
6. Que me digam: “Você não entende isso...”
7. Magoar alguém que eu gosto.

terça-feira, 11 de setembro de 2007

algo lindo

Sem fome, sem sono, sem culpa, e sem dor.Sem ciúmes, sem pressa, sem ódio, sem apego e sem pressões. Sem expectativas, sem promessas, sem cobranças, sem vergonha, e sensível. Sem medo. Sem controle. Sem juízo. Sentindo-me amada com delícia e liberdade, e amando com grandeza e ousadia. Sentindo-me íntima da transitoriedade. Buscando o equilíbrio no instável, no insólito, no inesperado, no inexistente... Sentindo-me passageira nesta viagem louca e sem destino. Percorrendo caminhos ainda não trilhados. Ficando cada vez mais e mais perplexa, fascinada e encantada com os novos horizontes. Amando as surpresas todas no momento mesmo em que acontecem.Quebrando barreiras, de modo irreversível.
Ultrapassando limites. Buscando (e encontrando!) a essência de cada coisa nela mesma. Compreendendo as razões também daqueles que não conseguem me compreender. Podendo até ser julgada por minhas atitudes desprendidas e por meu comportamento fora de padrão... Podendo (é claro) ser julgada, mas condenada, jamais!
Vivendo o mais profundo, o mais criativo, o mais sensual, o mais inocente e sagrado período da minha vida. Sugando a delícia doce das coisas livres. Vivendo as maiores e as mais altíssimas paixões da minha vida, e vibrando com tudo que me toca. Sentindo-me a cada momento como se Deus me estivesse cobrindo com as flores das flores das flores.Inundado de carinho e gratidão.
Dançando nas minhas próprias e nas tuas emoções. Com a cabeça nas nuvens, e o coração no infinito glorioso.

sábado, 8 de setembro de 2007

das vantagens de ser bobo

O bobo, por não se ocupar com ambições, tem tempo para ver, ouvir, tocar no mundo. O bobo é capaz de ficar sentado quase sem se mexer por duas horas. Se perguntado por que não faz alguma coisa, responde: "Estou fazendo, estou pensando." Ser bobo às vezes oferece um mundo de saída porque os espertos só se lembram de sair por meio da esperteza, e o bobo tem originalidade, espontaneamente lhe vem a idéia. O bobo tem oportunidade de ver coisas que os espertos não vêem. Os espertos estão sempre tão atentos às espertezas alheias que se descontraem diante dos bobos, e estes os vêem como simples pessoas humanas. O bobo ganha utilidade e sabedoria para viver. O bobo parece nunca ter tido vez. No entanto, muitas vezes, o bobo é um Dostoievski. Há desvantagem, obviamente. Uma boba, por exemplo, confiou na palavra de um desconhecido para a compra de um ar refrigerado de segunda mão: ele disse que o aparelho era novo, praticamente sem uso porque se mudara para a Gávea onde é fresco. Vai a boba e compra o aparelho sem vê-lo sequer. Resultado: não funciona. Chamado um técnico, a opinião deste era que o aparelho estava tão estragado que o concerto seria caríssimo: mais vale comprar outro. Mas, em contrapartida, a vantagem de ser bobo é ter boa-fé, não desconfiar, e portanto estar tranquilo. Enquanto o esperto não dorme à noite com medo de ser ludibriado. O esperto vence com úlcera no estômago. O bobo não percebe que venceu. Aviso: não confundir bobos com burros. Desvantagem: pode receber uma punhalada de quem menos espera. É uma das tristezas que o bobo não prevê. César terminou dizendo a célebre frase: "Até tu, Brutus?" Bobo não reclama. Em compensação, como exclama! Os bobos, com todas as suas palhaçadas, devem estar todos no céu. Se Cristo tivesse sido esperto não teria morrido na cruz. O bobo é sempre tão simpático que há espertos que se fazem passar por bobos. Os espertos ganham dos outros. Em compensação, os bobos ganham a vida. Bem-aventurados os bobos porque sabem sem que ninguém desconfie. Aliás não se importam que saibam que eles sabem. Há lugares que facilitam mais as pessoas serem bobas (não confundir bobo com burro, com tolo, com fútil). Minas Gerais, por exemplo, facilita ser bobo. Ah, quantos perdem por não nascer em Minas! Bobo é Chagall, que põe vaca no espaço, voando por cima das casas. É quase impossível evitar excesso de amor que o bobo provoca. É que só o bobo é capaz de excesso de amor. E só o amor faz o bobo.

(Clarice Lispector)

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

vovózinha

Queria muito poder estar junto da Terê (apelido carinhoso da minha vózinha)... AGORA.

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

big girls don't cry

Hoje chorei à beça...
Fazia tanto tempo que eu não chorava que eu chorei, chorei, chorei...
Choraria muito mais se pudesse...
Dífícil quando todo esse turbilhão dentro da gente não acaba mesmo depois de chorar tanto...
Só quero voltar a dormir...

com a palavra, o óbvio ululante

- "As coisas não ditas apodrecem em nós." (16/4/68)

- "Eis o que me dói ainda hoje: - nós olhamos pouco para os seres amados." (14/2/68)

- "Coincide que nós vivemos uma época crudelíssima. Para preservar a sua humanidade, o sujeito tem de lutar, ferozmente, contra tudo e contra todos. E das duas uma: - ou cada um constrói a sua solidão ou os outros o matam. (Alguém disse que os "outros" são os nossos assassinos). Vêm de toda parte as pressões que nos desumanizam. Há a manchete, o rádio, a televisão, o anúncio e, em suma, toda uma gigantesca estrutura que exige a nossa falsificação." (11/4/68)

- "O brasileiro é um Narciso às avessas que cospe na própria imagem." (18/4/68)

- "Tenho dito que a nossa época está ferida pela solidão. Não vejo outro tema mais urgente e fascinante. Somos todos solitários. Odiamos, matamos e morremos por solidão." (19/4/68)

- "Era tão absurdamente frágil que não estou longe de achar que o forte é um canalha." (5/1/68)

- "Fui varado por um sentimento de culpa que ainda hoje, quase meio século depois, me persegue. De vez em quando eu começo a me sentir um pulha. Sofro como um réu. Sou réu, mas de que, meu Deus? E, de repente, há um clarão interior e vejo tudo. É a bofetada que ainda está em mim, é culpa que não passa. Eis o que aprendi no episódio infantil: - é melhor ser esbofeteado do que esbofetear." (2/1/68)


(Nelson Rodrigues)

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Fecavo!

Sábado ganhamos o 3º lugar no concurso de música!!!
De quebra, eu (digo, o Wellington me deu) um talabar rosa lindo!




<-------------- Este é o nosso suuuper troféu! E aí em baixo é o Sopro de Vida colhendo os louros da vitória! (Valeu amigus! =D)

_ atentem para o detalhe do talabar! ^^_


domingo, 2 de setembro de 2007

moça terninho

Eu nunca vou ser o tipo de moça terninho. O tipo que limpa nervosamente a boca com o guardanapo quando come. O tipo que sonha com cavalos sendo alimentados com muesli. Eu nunca serei mocinha, dessas que secam o cabelo. De manhã e à noite. Daquelas que comem maçãs em vez de chocolate. Eu nunca vou me comportar como se espera. Eu nunca vou deixar de franzir a testa porque franzir a testa dá rugas. Eu não penso no quanto preciso fazer a unha. Eu não me preocupo se saí com uma meia de cada par. Eu não me preocupo com pares em geral, nem com meias. Eu acordo todos os dias às 6:28h porque odeio tudo o que é redondo.

Poucas vezes errei de caminho, mas é só porque os caminhos são tão tortuosos, tão sinuosos, que é difícil dizer quando terminei um e comecei outro, quando realmente escolhi ou quando fui a esmo. Na maioria das vezes, vou a esmo. Acredito demais nas minhas entranhas. Desconfio muito da minha capacidade de planejamento. Não sei o que vou estar fazendo daqui a cinco anos e chego atrasada em entrevistas de emprego (mas não me atraso para mais nada).

Odeio uniformidade, odeio unilateralidade, odeio unidireção, odeio “unis” em geral, inclusive uniões. Não acredito em uniões, para ser sincera. Acredito em andar junto. Fundir, não.

Acredito em caminhos tortos, mas não em errados. Nem em certos. Apenas espertos ou burros. Para caminho não se dá nota. Porque notas têm que partir de uma certeza absoluta e ir baixando quanto mais se afasta disso. Só que ninguém sabe de nada, ninguém tem o direito de saber mais, nem a capacidade. Ninguém entenderia porque um caminho limpo e reto me deixaria deprimida. Ninguém entende quando choro estando tudo, tudo bem.

E foda-se.

Não entendo como há gente to tipo terninho, do tipo que limpa nervosamente a boca com o guardanapo, do tipo que sonha com cavalos e seca o cabelo. Não entendo, não faz parte do meu mundo, rio de ironia (são pessoas que ainda não entenderam que vão morrer). Ou de tédio. Rio dos textos lineares. Acho graça em quem tenta fazer da literatura uma arte exata (se isso existe). Não rio de raiva (embora possa acontecer). Rio porque acho fofo. Elementar. Uma infamiliaridade com a escrita igual a que eu tenho com um pincel. Ou com um guardanapo grande.

Mas tento ao máximo respeitar. Tem gente que sabe onde vai estar daqui a um mês e realmente sabe. Eu não sei. Eu prefiro ser surpreendida no meio do caminho. Mudar meu curso, voltar, cortar caminho, ser pega pela polícia, chutar e ser presa, chorar, depois rir de tudo e vir contar. Não sei o que me fará feliz. Sei o que me faz.

Ah, chega.

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

seu inverno, meu inferno

Não gosto de guerra-fria... Nem de indiretinhas ou coisas que dizem uma coisa querendo dizer outra...
Às vezes penso duas, dez vezes antes de escrever qualquer coisa aqui, porque de repente você pode ler (isso se é que você passa por aqui) e pensar que foi algum tipo de indireta pra você... ou que estou tentando te mandar um recado por aqui... sei lá!
Então, entenda que este post é um desabafo – Deus tá vendo! – e não uma indireta, tá?! (afinal de contas, esse é o principal motivo de eu ainda ter esse blog, ele é meu cantinho pra desabafar...) Compreenda que eu escrevo aqui por não saber – e nem achar que devo – te falar uma coisa dessas. E por isso mesmo não quero saber do “direito de resposta”... estou temporariamente abolindo as minhas visitas ao seu blog.

Sempre que você quer me dizer algo bonito, você escorrega – e feio – quando fala que ainda é inverno e que você ainda sente frio... Confesso que muitas vezes eu nem escutei o resto das coisas que você falava, porque depois de ter falado do seu maldito inverno, eu já não conseguia escutar e nem acreditar em mais nada do que você dizia...
Você fala do seu inverno sempre... E eu não entendo (ou não aceito) essa sua insistência em jogar isso na minha cara! Como se a responsabilidade de fazer com que ele acabe fosse minha, e não sua! Você faz com que eu me sinta uma idiota... E ainda por cima quer que eu ache lindo quando você me diz que seu inverno está acabando! Você acha lindo o quê? Jogar na minha cara que eu sou uma otária?!
Não vou ficar aqui julgando os seus sentimentos, nem as suas atitudes, mas a verdade é que, pra mim, esse seu inverno e esse seu frio só não acabam porque você não quer! Isso mesmo! Você os mantêm por conveniência, comodismo, auto-piedade... ou vai saber o porquê!
Mas enfim...
Você sabe que se estiver disposto a colocar um fim (de verdade) no seu inverno, eu vou estar aqui! E vou fazer valer a pena! (pelo menos vou tentar o máximo que puder)
Mas se você quiser manter seu inverno em banho-maria (ficou péssima a comparação, né?) e fizer questão de continuar colocando isso em todas as suas frases bonitas, talvez você deva procurar alguém que goste de ouvir isso... por que eu não!

Queria tanto falar isso pra você... mas não consigo! PORRA!

Obs.: esse texto era pra ser um e-mail, mas se converteu em post... :(

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Sinceramente

Sinceramente você pode se abrir comigo
Honestamente eu só quero te dizer
Que eu acertei o pulo quando te encontrei
Acertei

Eu sei a palavra que você deseja escutar
Você é o segredo que eu vou desvendar
Você acertou o pulo quando me encontrou
Acertou o pulo quando me encontrou

E então o nosso mundo girou
Você ficou e a noite veio
Nos trazer a escuridão
E aí então
Eu abri meu coração
Porque nada é em vão

Eu sei a palavra que você deseja escutar
Você é o segredo que eu vou desvendar
Você acertou o pulo quando me encontrou
Acertou o pulo quando me encontrou

Então o nosso mundo girou
Você ficou e a noite veio
Nos trazer a escuridão
E aí então
Eu abri meu coração
Porque nada é em vão

Gostei do seu charme e do seu groove
Gostei do jeito como rola com você
Gostei do seu papo e do seu perfume
Gostei do jeito como eu rolo com você

Sinceramente você pode se abrir comigo
Honestamente eu só quero te dizer
Que eu acertei o pulo quando te encontrei
Acertei o pulo quando te encontrei

E então o nosso mundo girou
Você ficou e a noite veio
Nos trazer a escuridão
E aí então
Eu abri meu coração
Porque nada é em vão

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

missing

sempre há alguma coisa que falta. guarde isso sem dor, embora, em segredo, doa.

domingo, 26 de agosto de 2007

afe!

"Pensar me irrita.
Antes de pensar eu sabia muito bem o que eu sabia."

(Clarice Lispector)

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

enquete

Baseado no divertido “101 Coisas a Fazer Antes de Morrer”, de Richard Horne – um dos poucos livros com número no título que são realmente legais, o site Garotas que dizem Ni fez uma enquete. Eu resolvi responder e o resultado tá aí:

Você já...

... nadou com golfinhos e/ou tubarões? Se sim, onde? Como foi?
Não, mas uma vez em Ubatuba um cardume de algum peixe (sardinhas, eu acho) passou saltitando pra fora da água bem do meu lado. Foi lindo!

... pescou um peixe com a mão? Se sim, como foi?
Não, mas vivia pegando bolacha do mar com os pés...

... fez um ménage à trois? Conte os detalhes (mas não muitos).
Não. E só faria com algumas condições (que não convém falar agora :p)

... pichou um muro? Qual a frase?
Não. Mas porta de banheiro se encaixa nesse item? Se sim, mudo a resposta! ;p

... conheceu alguém com o mesmo nome que você? Como a conheceu? O que ela faz?
Não exatamente. Existe uma tal de Ana Patrícia com o mesmo sobrenome que eu no Google, ela é química e portuguesa.

... deu um mosh? Em que show? Qual o saldo de ossos quebrados e apalpadas?
Não. O mais parecido foi num show do Angra em que eu me enfiei lá na frente (isso porque nem conheço o som deles!) e enfim, saí do chão devido ao aperto e aos pulos da galera ao meu redor. O saldo de apalpadas também foi considerável... (argh!)

... teve ou tem uma coleção inútil? De quê?
Sim. De moedas antigas e estrangeiras.

... voou de balão?
Humm... Noup (mas gostaria, e muito!).

... pulou de bungee jump? (Valem outras atitudes idiotas que botaram sua vida em risco por um punhado de adrenalina).
Claro que não!

... fugiu de um restaurante chique sem pagar a conta? Com quem estava? De quem foi a idéia? Quem tomou o cano?
Não. Acho que nem nunca fui num restaurante chique... (nhou...)

... ordenhou uma vaca?
Já! Várias vezes em excursões da escola no primário!

... aprendeu outra língua? Qual?
Sim. Um inglesinho mais ou menos e espanhol (que está mais pra portunhol).

... marcou o gol/cesta/ponto da vitória? Em que jogo?
Eu?! Há! Capaiz mesmo...

... entrou de penetra em uma festa chique? De quem era a festa?
Mais ou menos... Minha tia ia em um coquetel chiquérrimo do prefeito da cidade onde ela trabalhava e eu estava com ela, acabei entrando junto, mas sei lá se isso vale!

... saiu de um emprego que você odiava? Qual era? Quanto tempo você ficou?
Não. Ainda estou tentando sair DESTE!

... participou de uma identificação policial? Qual era o crime?
Não, infelizmente... :(

... transou em um avião? Acho que não precisamos de mais detalhes nessa.
Não. AINDA.

... salvou a vida de alguém? Quem? Como?
Serve puxar a mão da sobrinha que está indo toda desembestada atravessar a rua?

... aprendeu a pilotar um avião?
Não e possívelmente nem aprenda com esse medo de altura que eu tenho!

... fez uma tatuagem ou piercing? Onde?
Não. Mas pretendo fazer uma tatuagem (mas só quando sair de casa, ou me formar).

... passou um Natal com neve? Onde?
Pode ser a neve artificial do shopping?

... tomou banho ao ar livre pelado? Onde?
Sim. Quando era criança e a casa estava em reformas, tomava banho de mangueira no quintal. Depois de crescidinha parei com isso (por enquanto, hehe).

... correu uma maratona? Onde?
Há! Never!

... pôs no ar um site cult? Qual?
Sim. O meu bloguinho né beibi! :)

... perpetuou seus genes? Coloque uma foto da sua perpetuação aqui!
Não. Mas pretendo.

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Definitivo

Definitivo, como tudo o que é simples.
Nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.

Sofremos por quê? Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter tido junto e não tivemos, por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhamos.
Por todos os beijos cancelados, pela eternidade.

Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um amigo, para nadar, para namorar.

Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas angústias se ela estivesse interessada em nos compreender.

Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.

Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam, todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.

Por que sofremos tanto por amor? O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável, um tempo feliz.

Como aliviar a dor do que não foi vivido?
A resposta é simples como um verso:
Se iludindo menos e vivendo mais!!!

A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade.

A dor é inevitável.
O sofrimento é opcional....

(Carlos Drummond de Andrade)

terça-feira, 21 de agosto de 2007

sem choramingar!

Me preocupa bastante (e me irrita com igual intensidade) essa coisa que as pessoas têm com o passado. Essa necessidade de olhar pra trás e sentir pena de si mesmo... e o que é pior: querer que sintamos igualmente pena delas e de nós e de tudo! Não, eu não sou – nunca fui e nem virei a ser – uma pessoa otimista, mas essa de coitadismo, comigo também não rola!
Olhe o passado. Aprenda com ele. Mas sejamos, antes e acima de tudo, práticos. Parei de sentir pena de mim mesma já faz algum tempo... (e é claro que existem dias em que eu me sinto o pior dos seres viventes neste universo... mas não, não fico sentindo peninha de mim).
Ninguém vê que assim a gente acaba se prendendo em amarras criadas pela gente mesmo?!
É foda ver pessoas achando que estão num beco sem saída porque simplesmente não conseguem girar a maçaneta da porta que está na sua frente. Elas ficam lá, mordendo a manga da blusa e olhando com agonia a porta fechada. E aí vou eu falar “vai! abre a porta!” que já vem aquela enxurrada de frases do tipo “você não entende”, “você não sabe como é”, “você nunca passou por isso”, “você é muito racional”, “falar é fácil” e por aí vai...
Não me taxem de idi ota! Vocês não sabem da missa a metade!
Então agora eu cansei de falar pra vocês girarem a porcaria da maçaneta que ta aí, bem na cara de vocês! E uma hora eu canso de vocês também! Espera só...

Atualizando: O negócio é o seguinte, todo mundo gosta de dar palpite na vida dos outros, inclusive eu! ;p

Eu fui!!!

sábado, 18 de agosto de 2007

perdendo os dentes

Aos meus amigos (e donos da minha vida e da verdade também):

Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.
Fernando Pessoa fala por mim...

ok, go!

Meu TCC começou a nescer hoje! E já tem até nome: "Eficiência Energética".

E eu estou bem feliz por isso! :)

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Ta sonando...


Amigo-lhes

E a melhor banda de todos os tempos da última semana é: Feist!
Na verdade, pra ser mais precisa, a melhor cantora de todos os tempos da última semana.

Seu álbum “Let It Die” - na foto - não é novo (é de 2004), mas as músicas são muito boas!
Minhas preferidas são: Mushaboom, Let It Die, One Evening, Secret Heart e Inside And Out.

Interessou? Saiba mais no site dela: http://www.listentofeist.com/

terça-feira, 14 de agosto de 2007

(im)pessoal

Então é isso.
Vocês querem que eu deixe lá... Escancarado e exibido.
Eu deixo. Tudo bem.
Eu faço como vocês quiserem... Conveniente.

E então agora já não é mais meu. E nem nosso.
Agora é de todo mundo...

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Com a palavra Carl Gustav Jung:

"Sou eu próprio uma questão colocada ao mundo e devo fornecer minha resposta; caso contrário, estarei reduzido à resposta que o mundo me der".
extraída do livro "Memórias, Sonhos e Reflexões", autobiografia de Jung.

“Vocatus atque non vocatus, Deus aderit.”
em latim, esta frase que Jung cravou em sua casa na Suiça onde passou seus ultimos dias de vida. "Evocado ou não evocado, Deus se faz presente".

sábado, 11 de agosto de 2007

SINTONIA

TUDO BEM, FOI ASSIM. ACONTECEU DAQUELE JEITO, ELA PROCUROU ELE, E ELE ELA. NA CABEÇA DELA EM ALGUM LUGAR, LÁ NO FUNDO ELA JÁ O PROCURAVA FAZ TEMPO, EM ALGUM QUARTO ESCURO, DENTRO DE ALGUMA GAVETA TRANCADA. QUE SE ABRIU.

FOI UMA COISA CONTRADITÓRIA, PERFEITA E SEM SENTIDO, ASSIM COMO SE ELA JÁ ESPERASSE, MAS NA VERDADE NUNCA PUDESSE IMAGINAR. SÓ NÃO CONTAVA COM O MUNDO AO REDOR. SIM, SIM PARECIA QUE NÃO EXISTIA NENHUM MUNDO AO REDOR, OU ATÉ EXISTIA MAS PARECIA ESTAR MUITO, MUITO LONGE DALI, A KILOMETROS E KILOMETROS DE DISTANCIA, MAIS PRECISAMENTE EM OUTRO SISTEMA SOLAR. LONGE DEMAIS PERTO DO QUE ESTAVA ACONTECENDO ENTRE ELE E ELA.

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

searching for...

Hoje comecei a correr atrás de uma revolução na minha vida profissional!
O relógio tá correndo, e... como diz o Zeca (o pagodinho e não o leitor deste humilde blog :p): "camarão que dorme a onda leva"...
É isso aí!
Aprender a competir, a agir com sobriedade, a conversar, a enfrentar esse MONSTRO da timidez/insegurança...

E vamu que vamu que o show não pode parar!

terça-feira, 7 de agosto de 2007

à beira de um ataque de nervos

Sempre fui uma pessoa pacífica...

MAS ALGUÉM, POR FAVOR, ME DÁ UMA BAZUCA???

Por acaso vocês acham que eu tenho sangue de barata?!
Ah não... Vamu combiná que ninguém (eu disse NINGUÉM) merece ler essa masturbação verbal!!!
Vão para o diabo que os carregue!!!
Me larga, que eu tô calma!
Eu tenho que agüentar isso?? Tenho?! Mas eu não agüento! (vamos lá... é só fazer aquela carinha de controlada, sorrir e fingir que não tá entendendo... eu consigo)
Por quê?! Agora eu vou começar a criar alarde?! Dar piti?! Capaz mesmo... CA-PA-IZ!!! (e tipo assim... meu fígado pode explodir de ódio que eu vou manter a pose)
Anormal? Desequilibrada? EU?!
Isso... Arranquem a porra dos meus olhos então!!!
Eu tô enganada ou ainda existe uma coisinha, assim básica, que se chama respeito? Ouviram?! RESPEITO!
Gente! Vamos ter mais Deus no coração... Façam-me um favor! Um dia vai ser com vocês e aí eu quero ver!
Beibi... Hoje eu quero quebrar a sua cabeça!!! (e somando-se a ela, quebraria umas outras tantas também)
Afe!

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

resumo do fim-de-semana

Acoradar cedo. Mau-humor. Musiquinha pra animar. Aula. Chegar em casa.Ver tv. Passear sem rumo pelo centro. Opa! Ooooopaaaa!!! Não força não! Calma lá, calma lá... Mas beleza. Volta pra casa. Mais tv. Dormir, dormir, dormir... Ah! Sim! Internet. Visitas. Ligações internacionais. Ai! Tenho que me arrumar! Chapinha. Roupa. Perfume. Maquiagem. Sair (la femme fatale :p). Comer. Cinema. Boa companhia (muito boa). Encontrar as amigas. Minha prima é louca, mas tá... vamos lá! Vai ter fila na porta da balada, eu já tô até vendo... Enrola, enrola, enrola... Fila, fila, fila. Ok. Desisto. Vamos pra outro lugar. Bebida! Hummm delícia! (parêntese: tequila não fica bem em drinks). Enfim, a balada. O quê significa esse clima de fim-de-noite?! Credo! Que povo feio/estranho/cafona! Ah não!!! Psy?! DETESTO psy!!! Ai sapato novo desgraçado. Banda?! Agora?! Ameiii!!! Vamos lá! Raimundos? U2? CPM22? O Rappa? Jota Quest? (com direito a dancinha dos anos 60 com o vocalista, baixo cor-de rosa brilhante e um baterista que é tuuuudo!!) Ameeeiii!!! Ai sapato idiota!!! Chega! Cansei. Meu pé... ai! Ah não! Você dando PT dessa vez? Beleza... Ele cuida de você que eu vou pro carro dormir! Vamos então? Casa! Ok. São quase cinco da manhã e eu vou ver isso. Agora sim. Mas calma aê! Isso é muito pra mim! Mas ok... Agora eu vou é dormir. Dormir, dormir, dormir. Ai que merda é essa apitando as sete da manhã? Acordar?! Nem a pau!!! Ouviu?! Ai que cheiro gostoso de comida... Tô com fome... Hummmm! Liga a tv pra despertar. Seriados enlatados?! Há! Que belo clichê dominical! Então tá. Vamos levantar. Comer. Ai que fome!!! Opa!!! Oooopaaaaa!!! De novo: oooopaaaa!!! Se eu não falo... porque você tá falando isso pra ele? Ai que vergonha! Agora não quero mais... Agora não vou mais... Decidido? Decidido. Imagina, eu lá. Nada a ver. A quem eu quero enganar? É claro que isso pesa... Pesa na cabeça e não no corpo. Tá bom, eu não tenho 15 anos. Mas eu não vou assim! Mudei de idéia. E daí? Azar o meu! Ai que dor de cabeça! Gritei muito ontem... Dormir, dormir, dormir. Nossa tenho que ir cantar na missa! Vamos lá! Ahh olha só! Bem feito! Fez graça e bateu o carro! Agora senta e chora beibi! Ta bom, sem crueldade. Acontece. Fica calmo e depois você conserta isso. A essa hora é que você não vai conseguir mesmo. Menina que babado! Eu vi! Você não me engana não! Hahaha! Ai! Tem que cantar. Fica quieta. Não erra a letra. Olha o tom. A afinação. Acabou? Ah! Acabou. E agora?! De novo isso?! Afe... Eu já falei que vou parar! Então tá! Filminho! Ebaaa! Boa companhia de novo?! Nossa! Gostei! Tenho que aprender a fazer umas 84.562 coisas novas. Mas vá lá. Eu consigo. Não parece ser tão difícil. Outro filme? Ok. Ah... eu vou é dormir! Nossa! Tá tarde! Vamu embora? Vamu?? Todo mundo com medo de levar xingo... e eu nem aí! Tchau amigos! Boa semana! Beijus! Deita e dorme que amanhã começa tudo de novo. A chave? Cadê a chave? Ah ta na mesa... beleza! Beleza nada! Ai vai ferrar! Vai não. Levanta, vai lá e pega. Melhor assim. Guarda tudo. Agora vou dormir. Ufa! Cansei.

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

nocaute

Eu tive algumas fases muito lúcidas na minha vida. As coisas faziam sentido, eu quase não tinha surtos descontrolados e minha memória funcionava. As coisas faziam sentido mesmo quando a cabeça fervia. Agora não, agora nada faz sentido. Minha vida está parecendo uma mistura de vinho com rohypnol, uma coisa surreal e meio chapada, boa-noite Cinderela durando mais de um semestre. As coisas sem fazer sentido, mas com algum sentido... Olha aí. Tá vendo? Nada faz sentido. Eu faço tudo errado.

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Who let the dogs out?

Agosto é o mês do cachorro louco!

Também é o mês em que começa o meu inferno astral (Peraí! Mas ele num começou em janeiro?!)

Não sei porquê... Mas as melhores lembranças que tenho são de fatos acontecidos a partir desse mês...

Normal... Como na minha vida tudo é às avessas mesmo, capaz que o que me aguarde não seja de todo ruim! (Apesar de ser o que o meu horóscopo diz... Hunf! E desde quando eu acredito nessas coisas?! Nhé...)

Mexe com o cachorrinho louco aqui! (ele é uma gracinha! :D)

segunda-feira, 30 de julho de 2007

labirintite

Sim.

Mais uma "ite" pra atrapalhar a minha vida...

(como se fosse mesmo preciso alguma doença pra me fazer cair por aí...)

domingo, 29 de julho de 2007

Sabedoria de Guimarães Rosa

"Felicidade se acha é em horinhas de descuido."

sexta-feira, 27 de julho de 2007

E se eu achar que sou lunático, que se dane!

A mtv tá promovendo uma banda gaúcha chamada Cachorro Grande. Eles são os artistas do mês, capa da revista, aparecem em várias entrevistas, programas, e blá blá blá...
Mas enfim, o fato é que eu resolvi escutá-los... todo mundo falando bem dos caras e eu desconhecendo o som deles... Enfim, e o que eu achei? EXCELENTE! Baixei quase todas as músicas!
Quase nunca curto jabás, mas esses caras são demais! Um som sem muita firula - mas às vezes com uns arranjos bem bonitinhos -, um vocal meio fanho, um pianinho, uma guitarrinha, um baixo e uma bateria com batida marcada (que eu adorei!). E as letras são super animadinhas, nada de deprê... Simples assim!

E é isso aí! Viva a simplicidade no rock’n roll!

A seguir a melhor música dos caras:

Lunático (escute aqui!)

Se em alguma hora o sol bater e lhe dizer:
Tu é um canalha
E se eu achar que eu sou
Lunático, que se dane, sou eu que tô pagando
Lunático, que se dane, sou eu que tô pirando

Não dê bola se eu te trancar num quarto uma semana
Não dê bola se eu te passar bolachas
Por debaixo da porta, sou eu que tô passando
Bolachas debaixo da porta, eu tô amando

Se alguma hora o sol nascer e lhe dizer:
Tu é um canalha e se eu achar que eu sou
Lunático que se dane, sou eu que tô pagando
Lunático que se dane, sou eu que tô pirando

Ou veja o vídeo aqui!
(cansei de postar vídeos... quem quiser ver clica no link! :p)

quarta-feira, 25 de julho de 2007

terça-feira, 24 de julho de 2007

caminho


Quando conseguiu olhar pra frente
respirou aliviada...

O caminho, a realidade,
era ela mesma quem pintava...

A realidade se fazia
a partir da sua própria imaginação.

Quando vislumbrou o próximo passo,
O coração acalmou...

Sabia que tudo daria certo!

segunda-feira, 23 de julho de 2007

uma aprendizagem ou o livro dos prazeres

"...Mas olhe para todos ao seu redor e veja o que temos feito de nós e a isso considerado vitória nossa de cada dia. Não temos amado, acima de todas as coisas. Não temos aceito o que não se entende porque não queremos passar por tolos. Temos amontoado coisas e seguranças por não nos termos um ao outro. Não temos nenhuma alegria que já não tenha sido catalogada. Temos construído catedrais e ficado do lado de fora pois as catedrais que nós mesmos construímos, tememos que sejam armadilhas. Não nos temos entregue a nós mesmos, pois isso seria o começo de uma vida larga e nós a tememos. Temos evitado cair de joelhos diante do primeiro de nós que por amor diga: tens medo. Temos organizado associações e clubes sorridentes onde se serve com ou sem soda...
...Temos disfarçado com falso amor a nossa indiferença, sabendo que a nossa indiferença é angústia disfarçada. Temos disfarçado com o pequeno medo o grande medo maior e por isso nunca falamos no que realmente importa. Falar no que realmente importa é considerado uma gafe...
...Temos sorrido em público do que não sorriríamos quando ficássemos sozinhos. Temos chamado de fraqueza a nossa candura. Temo-nos temido um ao outro, acima de tudo. E a tudo isto consideramos a vitória nossa de cada dia..."

(Clarice Lispector)

domingo, 22 de julho de 2007

cold languages

ODEIO o msn, o orkut e o meu celular...
Estou a ponto de jogar o computador e o celular pela janela!

Tem hora em que tudo o que a gente precisa é de olhar nos olhos de alguém...

sexta-feira, 20 de julho de 2007

Feliz dia do Amigo!


"As amizades de verdade são que nem nádegas, nenhuma merda as separa."


quinta-feira, 19 de julho de 2007

My News

- Ontem nasceu minha sobrinha!!! (olha ela aí na foto, aos berros! :D) Bem-vinda à bordo Yasmin!

- Hoje é aniversário do papai! PARABÉNS!!! Te amo paizinho! (ah... eu sou mesmo um amor, não?!... :p)

- Vou avisar, ou melhor, vou fazer uma premonição: estou perigando aprontar alguma, daquelas que só eu sei fazer... Me aguardem!

- Uma constatação: o ruim não é ser sozinho, o ruim é ficar sozinho.

- Uma pergunta: tolerância é bom ou ruim???

“Quando me falta alegria, o dia não presta e a noite protesta.”

quarta-feira, 18 de julho de 2007

A culpa é de quem?

a) da ANAC.
b) da Infraero.
c) do Lula.
d) do piloto do avião da TAM.
e) dos controladores de vôo.
f) da pista do aeroporto.
g) do apagão aéreo.
h) da chuva e do mau tempo.
i) todas as anteriores.
j) nenhuma das anteriores, já que a culpa é dos passageiros, que tiveram condições de desfrutar do 'luxo' que é andar de avião (afinal ir de Porto Alegre a São Paulo só leva quase dois dias de ônibus)

A quase um ano atrás, as mesmas manchetes "O maior acidente da aviação brasileira", e ao invés de aprendermos com os nossos erros, os cometemos cada vez piores...

Até quando??

terça-feira, 17 de julho de 2007

new look

Cabelo novo é a estranha vontade de fazer tudo novamente, só que de outra maneira.

segunda-feira, 16 de julho de 2007

frustraciones...

Sei que não é culpa de ninguém... Sei que não é nada de mal... Sei que nem sempre tudo é possível... Mas hoje me sinto simplesmente frustrada...
Até certo ponto... começo a sentir como se estivesse repetindo um círculo vicioso... e que estou vivendo em um circo, produto da minha muito brilhante imaginação.

sábado, 14 de julho de 2007

confissões de um dependente

Confesso: sou um dependente da aprovação alheia. Preciso me sentir amado para me sentir bem. E sofro crise de abstinência quando as pessoas ao redor são pouco carinhosas comigo. Sem o aplauso, sem o sorriso cúmplice, sem o ambiente acolhedor, eu não vivo. O mero tratamento neutro me soa sempre como agressão, como postura hostil. Tem muita gente como eu por aí. Talvez você mesmo seja um de nós. Ainda que não venhamos a nos organizar num AAA em que os dois últimos “as” signifiquem “aprovação alheia”, uma coisa é certa: precisamos nos tratar. Quem tem essa dependência se coloca refém do humor alheio. Se alguém é áspero com você, você se culpa e se responsabiliza por isso. Se a outra pessoa é rude, você se preocupa, olha desconfiado para a sua própria conduta, se desestabiliza emocionalmente. Os dependentes da aprovação alheia se tornam, com o tempo, seres frágeis. Patéticos até, em sua hipersensibilidade, em seu melindre crônico. Ao colocarem sua felicidade em mãos alheias, se tornam pessoas facilmente manipuláveis. Ao definir sua tranqüilidade em relação a elas mesmas a partir do olhar dos outros, abrem uma brecha enorme em sua auto-estima. Não falta no mundo gente que perceba essa porta aberta e a use para jogar com a carência de afeto. Trata-se dos predadores emocionais. É preciso ter cuidado com eles. Gente que faz desse assédio afetivo uma afiada arma de competição, de ascensão social, de exercício de poder sobre o outro. Por isso admiro quem não dá a mínima para os outros. Quem nasceu blindado contra o poder da opinião alheia, do que possam pensar ou sentir ou dizer a seu respeito. Pessoas assim se respeitam mais, se preservam mais. Resolvem suas inseguranças de outro modo, sem expor o traseiro nu na janela. Com isso, imagino, sofrem menos. Essas pessoas sabem que no fundo estamos todos sozinhos neste mundo. E que a opinião que realmente conta sobre elas é a delas mesmo.

(Adriano Silva – Revista Época, 09/07/07)

sexta-feira, 13 de julho de 2007

músicas que me fazem pensar...

Esta semana escutei essas músicas até cansar! São músicas que eu gosto muito e que me fazem pensar... em muitas coisas...
Estava na dúvida sobre qual delas postar... Então, resolvi postar as três!

Red Hot Chili Peppers - Fortune Faded


So divine, hell of an elevator
All the while my fortune faded
Nevermind the consequences of the crime this time
My fortune faded

Coldplay - Speed Of Sound


And birds go flying at the speed of sound,to show you how it all began.
Birds came flying from the underground,
if you could see it then you'd understand?

Pearl Jam - I Am Mine


I know I was born and I know that I'll die
The in between is mine
I am mine

quinta-feira, 12 de julho de 2007

No Fear!

Sabedoria dos índios norte-americanos:

Um pequeno conselho dado a um jovem nativo americano na época de sua iniciação:

“QUANDO ESTIVER SEGUINDO O CAMINHO DA VIDA, VOCÊ VERÁ UM GRANDE ABISMO. PULE. ELE NÃO É TÃO GRANDE QUANTO VOCÊ PENSA.”

quarta-feira, 11 de julho de 2007

anti-queda

Tenho evitado pensar a esse respeito, tenho ocupado minha cabeça para não escutar esses pensamentos...
Se eu os escutar vou entender e se eu entender vou analisar e dissecar até que tudo seque e acabe...
Não que eu queira fazê-lo, mas é que eu sou assim... eu quero entender, eu quero saber, eu quero... e aí eu estrago tudo!
Por isso prefiro deixar assim: sem resposta pra aquilo que não necessariamente é uma pergunta...
Eu sei o que é... sim, eu sei... Mas ocultar isso de mim mesma torna as coisas mais fáceis, sabe?
Mas... Será que isso também torna as coisas mais fáceis pra você?
Pior que os pensamentos pessimistas são os pensamentos otimistas...
Esses que nos enchem de possibilidades, sorrisinhos esperançosos e friozinhos na barriga...
E essa sensação de quem está na iminência de cair de um precipício me mata!

terça-feira, 10 de julho de 2007

no litoral...

Desculpem a ausência de posts...
Fui à praia, mas estou de volta! E ao invés de post, tem fotinhos!
eu e a Dani na praia
vista da praia do Ubatumirim

quinta-feira, 5 de julho de 2007

se essa rua, se essa rua...

A pergunta que não quer calar:

Porque será que em toda cidade tem alguma rua/viela/praça/avenida com um dos seguintes nomes abaixo:

- Independência;
- Brig. José Vicente de Faria Lima;
- Sete de Setembro;
- Nove de Julho (apenas aqui em SP);
- Juscelino Kubistchek;
- Mal. Deodoro da Fonseca;
- Dom Pedro (tanto faz o primeiro ou o segundo);

Isso sem contar o bairros com ruas com nomes de flores, países...

quarta-feira, 4 de julho de 2007

Os Desastres de Sofia


segunda-feira, 2 de julho de 2007

o mesmo de sempre

É o mesmo de sempre: os meus velhos defeitos interferindo em novas pessoas… Pensava que eu já não sofria disso mais… que era só uma praga dos meus 15 anos, coisa de adolescente principiante nessa coisa toda de relacionamento e tal... Mas não.
Talvez seja porque eu sempre fui uma principiante em relacionamentos... Ou o que dizer de alguém que aos 20 anos de idade não consegue ficar mais do que 2 meses com alguém?!
Até então me achava boa com isso... “já superei essa fase, agora sou melhor no trato com as pessoas”, dizia sempre a mim mesma...
Obvio que é fácil ser legal por algumas horas, dias, talvez por umas duas semanas... Na minha patética experiência, eu ia e... de repente, já não ia mais...
Mas e quando o tempo passa e você sente que poderia ser mais sincera, mais honesta (até comigo mesma, é verdade) e que simplesmente não consegue...?
Medo? Insegurança? Timidez? Frieza? Não sei... Chamem do que quiserem...
Eu só sei que voltei a me sentir com 15 anos agora... Sendo julgada, cobrada (principalmente por mim mesma) por atitudes minhas que eu não sei como controlar!

É o mesmo de sempre: a gente enfia uma idéia na cabeça... e aí ela fica... e depois tem uma hora em que ela deve sair... mas já se passou tanto tempo que ela está colada à minha forma de agir e pensar...

sexta-feira, 29 de junho de 2007

o que eu também não entendo...

Contrariando todas as minhas expectativas (inclusive aquelas mais otimistas)...
Vencendo a cada dia os fantasmas do medo, da insegurança e da incerteza...
Mostrando a mim mesma que sim, eu sou capaz...
Aprendendo a ser tolerante, antes e acima de tudo, comigo mesma...
Descobrindo dentro de mim uma pessoa que eu não conhecia...

Às vezes eu ainda me assusto, eu ainda me surpreendo...
E confesso que quase sempre eu me forço a duvidar...
Mas a verdade é que tem valido a pena...
Sim, definitivamente tem valido a pena...

terça-feira, 26 de junho de 2007

pensamentos confusos diários

  • Preciso de férias... de dormir tarde... de acordar mais tarde ainda... (calma, calma... é só essa semana...) Ainda que sejam só férias da escola... mas já tá bom!
  • Odeio ficar doente... odeio dor de garganta, mal estar, sinusite, remédio ruim, chá de gengibre (esse, sem dúvida, é o campeão)... Ai! Odeio ficar doente e ter que ir fazer provas assim!
  • Aliás, estou indo de um extremo a outro nas provas... em uma prova tiro 10,0... em outra 3,8... difícil, difícil... E agora doente, sem ânimo pra estudar e nem pra fazer provas...
  • E por falar em dificuldade, comecei minhas aulas de carro ontem... E me descobri uma bela de uma meia-roda! Não sei virar, não sei andar em linha reta, não sei frear... e 35km/h já é uma velocidade extremamente alta pra mim! (por sorte tenho amizade com os cobradores e motoristas de ônibus... pelo visto teremos contato por muito tempo ainda).
  • Mas tá... tenho me superado em outros aspectos... deve ser a tal de formação pessoal, não é mesmo?!
  • E é verdade também... existem coisas e comportamentos meus que dificilmente mudam...
  • Problemas de expressão são e sempre serão meu ponto fraco... vira-e-mexe, me vem à mente aquela frase da Clarice Lispector que dizia que “o que eu te falo nunca é o que eu te falo e sim outra coisa”, é... deve ser bem por aí...
  • Detesto pessoas felizinhas e otimistas... sorry...

domingo, 24 de junho de 2007

Ele sabia das coisas...

Para além da curva da estrada
Alberto Caeiro

Para além da curva da estrada
Talvez haja um poço, e talvez um castelo,
E talvez apenas a continuação da estrada.
Não sei nem pergunto.
Enquanto vou na estrada antes da curva
Só olho para a estrada antes da curva,
Porque não posso ver senão a estrada antes da curva.
De nada me serviria estar olhando para outro lado
E para aquilo que não vejo.
Importemo-nos apenas com o lugar onde estamos.
Há beleza bastante em estar aqui e não noutra parte qualquer.
Se há alguém para além da curva da estrada,
Esses que se preocupem com o que há para além da curva da estrada.
Essa é que é a estrada para eles.
Se nós tivermos que chegar lá, quando lá chegarmos saberemos.
Por ora só sabemos que lá não estamos.
Aqui há só a estrada antes da curva, e antes da curva
Há a estrada sem curva nenhuma.

sexta-feira, 22 de junho de 2007

cinco "tau"

A partir de que ponto se pode acreditar que há estabilidade?
Mas...
Será que existe estabilidade em algum ponto?

quinta-feira, 21 de junho de 2007

Post en español

¡Como les había prometido, hoy mí post será en español! (mira: puse las exclamaciones también, eso esta buenísimo XD)
Este post es una homenaje (¿?) a la gran cantidad de hispanos (especialmente uruguayos) que vienen a visitarme acá, sea para aprender portugués, sea para conocer un poco de mi país (Si! El mas grande del mundo! :p), o quizás saber un poco de lo que pasa adentro de la cabeza de una chica (perturbada, hay que decir la verdad) brasileña.
A todos ustedes mis agradecimientos y que sigan viniendo a visitarme, haciendo acuerdos y, principalmente, sigan comentando (aunque no entiendan nada de lo que escribí).

¡Es siempre un gusto tener frecuentadores internacionales acá!


P/d 1: A quien pueda interesar: no me compre un teclado nuevo… solo puse mi Word en “Espanhol (Uruguai)” y listo, todos los signos me salen! (¿?, ¡!, ñ… esto es excelente!!!)


P/d 2: Como se nota (y los que me conocen por msn lo saben bien) mi español es una lastima, pero yo me recuso a escribir con un traductor (pero el corrector del Word si, yo lo desfruto!)! Así que por favor, perdónenme por mis posibles equívocos…


¡Saludos a todos!

terça-feira, 19 de junho de 2007

filosofia barata

Já dizia Platão há nada mais nada menos do que há 2.400 anos atrás:

“Vencer-se a si próprio é a maior das vitórias.”

Depois teve o Nietzsche dizendo, já no século XIX:

"O inimigo mais perigoso que você poderá encontrar será sempre você mesmo."

O que eles não diziam é como nos vencemos... Como enfrentamos este inimigo... Como é que eu vou querer derrotar esse perigoso inimigo... se ele na verdade sou eu!

Nesta luta minha comigo mesma, do lado de quem eu deveria ficar?

segunda-feira, 18 de junho de 2007

O jogo dos oito

Meu amigo da banda oriental me passou uns deveres. É o jogo dos oito, fácil assim: descrevo-me em oito tópicos e em seguida escolho 8 contatos blogueiros para que façam o mesmo (ops! Será que eu tenho 8 contatos blogueiros? Bom...).

Ok! Lá vai:

1. Não tenho paladar. Que eu saiba, já comi comida estragada umas 2 vezes.

2. Mexo no cabelo com uma média de 5 vezes por minuto, e já cheguei a ficar com a pele saindo nas pontas dos dedos por isso!

3. Sou uma consumista. Sempre que termino de pagar uma conta, saio da loja com novas prestações a pagar...

4. Talvez seja a única pessoa do planeta que acorda de bom humor (na grande maioria dos dias).

5. Sou altamente sugestionável por músicas, se for rock e se eu estiver sob efeito do álcool então...

6. Adoro mudanças! Sejam elas quais sejam... O problema é: morro de medo delas...

7. Nada me deixa mais mal-humorada do que aquele pingo gelado no meio do chuveiro às 6.30 da manhã...

8. Não sou capaz de me descrever em oito tópicos...

Não tenho oito contatos blogueiros pra passar isso, mas enfim, se alguém quiser pode fazer o seu, e por favor me avise depois!

quinta-feira, 14 de junho de 2007

piegas

"ela me faz tão bem
ela me faz tão bem
que eu também quero
fazer isso por ela"

(Lulu Santos - Tão Bem)

quarta-feira, 13 de junho de 2007

A crise existencial de Alice (não sou só eu!)

A Lagarta e Alice olharam-se uma para outra por algum tempo em silêncio. Por fim, a Lagarta tirou o narguilé da boca, e dirigiu-se à menina com uma voz lânguida, sonolenta. "Quem é você?" Perguntou a Lagarta. Não era uma maneira encorajadora de iniciar uma conversa. Alice retrucou, bastante timidamente: "Eu - eu não sei muito bem, Senhora, no presente momento - pelo menos eu sei quem eu era quando levantei esta manhã, mas acho que tenho mudado muitas vezes desde então." "O que você quer dizer com isso?" Perguntou a Lagarta severamente. "Explique-se!" "Eu não posso explicar-me, eu receio, Senhora", respondeu Alice, "porque eu não sou eu mesma, vê?"

segunda-feira, 11 de junho de 2007

Electrical Storm - U2



"You're in my mind all the time
I know it's not enought"

sexta-feira, 8 de junho de 2007

O Quase II

O quase é foda...
As vezes você acha que é um quase sim...
Mas na verdade é um quase não.

quinta-feira, 7 de junho de 2007

O Quase

Ainda pior que a convicção do não é a incerteza do talvez, é a desilusão de um quase.
É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi.
Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou.
Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono. Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor, não me pergunto, contesto.
A resposta eu sei de cor, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "Bom dia", quase que sussurrados.
Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz.
A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai.
Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são.
Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza.
O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.
Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência, porém, preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer.
Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo.
De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma.
Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance.
Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. Desconfie do destino e acredite em você.
Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.

(Luís Fernando Veríssimo)