terça-feira, 26 de agosto de 2008

conselhos de amiga

Passei esse fim de semana na companhia da minha prima. Ela é uma versão exagerada de mim. Mais brava, mais bonita, mais rica, mais elegante, enfim... Sempre fomos muito amigas, e até diziam que éramos irmãs de tão parecidas que somos.

E eis que conversávamos sobre relacionamentos, coisa que toda mulher adora. Ela está solteira já faz alguns meses. E eu namorando há pouco mais de um ano. Se estivéssemos na mesma situação, curtiríamos adoidado por aí. Mas não é disso que eu quero falar.

É sabido que este relacionamento em que estou é o único realmente sério da minha vida até agora. Sei lá se é porque eu sempre fui meio decidida e vi boas perspectivas nele, ou se é aquela coisinha que bate mais forte e desanda tudo. Ou também pode ser uma gostosa mistura dos dois... É sabido também que primeiros relacionamentos são marcados por erros em série. Grandes e pequenos. Remediáveis e irremediáveis. E eu tenho feito de um único relacionamento, vários relacionamentos, e vou aprendendo a rever conceitos, melhorar atitudes e posturas... Enfim, acho que relacionamentos só servem para nos engrandecer, muito embora eu saiba que minha inexperiência e minha forte tendência ao erro tenham ajudado bastante neste crescimento.

E é fato que não importa quantos relacionamentos você teve e quanto tempo eles duraram. Cada pessoa é uma pessoa e pode-se viver mais experiências em dois meses do que em dois anos.

E a ajuda de pessoas mais “experientes”, com mais relacionamentos na bagagem, é realmente bem-vinda?

As mulheres têm uma enciclopédia do saber em relacionamentos, que nós infelizmente só lembramos enquanto estamos solteiras. Estão entre as nossas máximas do saber: “o homem sempre deve gostar mais da mulher do que ela dele”, “mantenha-se sempre bonita e charmosa para prendê-lo a você”, “homem cansa se você pegar muito no pé dele”, “você não pode demonstrar tanta carência pra ele”, “trate-o com indiferença algumas vezes”, “deixe-o sentir saudades” e por aí vai...

Sinceramente eu nunca gostei de agir com modus operandi em relacionamentos. Sigo o que a minha (limitada) inteligência e o meu (humilde) coraçãozinho me dizem pra fazer. Mas o fato é que ultimamente tenho pensado seriamente nessas posturas e vendo que talvez as coisas melhorem com elas... Eu não quero ser um robô que age apenas conforme o permitido pelas regras, mas se adotar algumas medidas pode ajudar a melhorar as coisas, então por que não?!

Tá, eu sei que se conselho fosse bom a gente vendia, mas tem tanta mulher com experiências infelizes com essas mesmas opiniões de como não errar, que fica difícil não pensar que alguma verdade pode haver nelas...

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Não perca o *seu* tempo!

Não entendo essa gente que gasta tudo em nome de ser bem sucedido. Meu pai assumiu um cargo na empresa que está lhe tirando o sono, o bem-estar, a saúde e a já tão pouca paciência que ele tem. Meu chefinho teve uma ameaça de enfarto nessa semana por que estava estressado demais. Um professor da faculdade, que também é gerente de uma empresa, passa a noite em claro atendendo ligações e orientando funcionários. Meu namorado vive reclamando de cansaço, de estresse, de insônia e de incapacidade de fazer tudo o que *deve* ser feito...

Esse é verdadeiramente o preço a ser pago por quem busca a excelência? Será que existe um meio termo em que sucesso profissional e paz de espírito sejam alcançados?

As pessoas acham que *devem* ser perfeitas, e talvez por isso esqueçam de ver a perfeição que cada um possui. Cada um de nós tem suas habilidades e seus gostos. Acredito que não precisamos ser bons em tudo. Devemos por a alma e o coração em tudo o que fazemos e nos esforçarmos para tornarmos nossas atividades diárias o mais prazerosa possível.

Tá, eu sei por experiência própria que nem sempre dá. O salário é uma miséria, você trabalha feito um camelo e todo mundo acha que você não faz nada de útil. Tem hora que falta até a motivação pra levantar da cama pela manhã... E aí o ganha pão vira obrigação, dever... Fica pesado e desagradável estar naquele lugar, com aquelas pessoas, fazendo aquelas coisas, oito intermináveis horas por dia (isso no mínimo). E é exatamente nesse ponto que a cabeça e o corpo padecem...

Eu me preocupo com pessoas que fazem esse tipo de coisas a si próprias em nome do sucesso. Um colega aqui no trabalho me disse que depois de tanto tempo fazendo isso, o corpo chega ao seu limite e se nega a continuar nesse ritmo frenético. Foi isso que aconteceu com o meu chefe.

Aí eu fui falar com o namorado porque essa história toda me deixou meio preocupada. E se algum dia for ele? É claro que ele disse que com ele não aconteceria, que ele estava apenas cumprindo suas obrigações, que não poderia deixar de fazer essas coisas e que ele aprenderia a fazer *tudo* em breve...

Naquela noite chorei, e no dia seguinte também. O miserável não apenas não pensa em mim, mas também nem olhou pra si próprio! Quer morrer? Enfia logo uma faca no peito, toma formicida, sei lá! Mas, por favor, não faça quem te ama ficar vendo a sua agonia e com medo do amanhã... Tem dias que ele nem almoça por que “não dá tempo”... Trabalha até altas horas (e detalhe: não ganha um centavo em horas extras), tá sempre cansado, estressado, mal-humorado, além de não ter tempo pra estudar, cuidar da casa e nem pra namorar comigo. E acaba sobrando pra mim... Sei que nessa ordem o namoro é o último item da lista. E penso até em vê-lo menos a fim de que ele se sinta com mais tempo para os outros afazeres. Talvez eu sinta a falta dele, mas talvez também seja o melhor a ser feito...

Tentei convence-lo, não consegui. Ele disse que ouve meus conselhos, mas até aí, meu querido, qualquer um que não seja surdo também ouve! Eu disse aquilo tudo porque me importo com ele e desejo que ele ponha meus conselhos em prática! Mas eu não mando nas pessoas e cada um tem seu tempo pra aprender as coisas... Tudo o que eu posso fazer agora é tentar ajuda-lo no que for possível, e ter muita, mas muita paciência...

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

abaixo o amor!

Ontem tava vendo o Fantástico (que de "fantástico" tem só o nome mesmo, mas que por força de hábito a gente assiste assim mesmo, igual a novela das oito...), mas enfim, ontem tava vendo no Fantástico a evolução das famílias nos últimos 35 anos. Até aí tudo legal, com relacionamentos esdrúxulos, mas que dão certo para os casais em questão e isso é o que importa no fim das contas. Se tem gente que prefere ver (ou não é nem questão de preferência, é por força das circunstâncias mesmo) o(a) seu(ua) amado(a) uma vez na vida ou outra na morte e é feliz assim, eu é que não vou questionar!
Bem, mas antes de perder o foco que já está quase perdido, vamos ao que interessa. No final da reportagem eles falam sobre a família do futuro: com homens e mulheres unidos apenas por "satisfação pessoal" (sim, foi e-xa-ta-men-te isso que eu ouvi) e o fim do "amor romântico", principalmente por parte das mulheres. Além de homens mais sensíveis e mulherers mais preocupadas com a carreira. Nesse contexto, de acordo com a conclusão da reportagem, a traição não faria o menor sentido.
Ok. Então foi agora que caiu a ficha! Mulheres, esqueçam o amor! Pensem somente em suas carreiras! O amor é uma besteira, e o máximo que vocês vão conseguir dando importância ao amor é um belo par de chifres! Legal né?
MENTIRAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!!!
Não, eu não acredito que deixar de acreditar no amor romântico seja a solução para um relacionamento feliz! Eu acredito no amor! Acredito que podemos nos realizar pessoalmente, profissionalmente e tudo mais sem nos esquecermos do amor! Eu não quero ser uma profissional bem-sucedida que chega em casa e não tem com quem dividir as vitórias e as derrotas... Eu não quero sucesso de coração vazio... Eu quero sucesso, sim, mas quero ter alguém com quem compartilhá-lo.
Obviamente que hoje em dia não dá pra ficar esperando marido. A mulherada tem que correr atrás, ganhar espaço e independência. E disso não pode abrir mão!
As famílias estão mudando, os papéis desempenhados por homem e mulher também... Mas o amor... Ah! Esse eu espero que nunca mude!

Abraços pra todos que amam!
Um beijo especial pra aquele que EU amo!

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

vida de cachorro

Quando você resolve ter um cachorro, gato, periquito, tamagochi, sei lá, você tem que estar consciente de que vai ter que cuidar, alimentar etc., né verdade? Senão, o pobrezinho fica lá, jogado às traças, até o momento que ele começar a babar, espumar, e, por favor, não faça essa cara de desentendido quando ele começar a morder todo mundo.

Ah, sim, e é exatamente por isso que você não tem nada, né?

Poizé. Mas, quando você resolve ter uma mulher (leia-se: caso/namorada/esposa/amante), é muito mais complicado. Por quê? Porque mulher, meu filho, RECLAMA. Quando você chegar em casa, e não der atenção porque está muito cansado, você acha mesmo que ela vai balançar o rabo esperando carinho na cabeça? Ela vai é te ESCULHAMBAR!

Ah, não tem tempo? Ah, tá cansado? Ah, o dia foi difícil? Ah, eu não entendo? Então da próxima vez você compra um periquito e COME o periquito.

O meu dia pode ter sido dos infernos, e eu posso ter comido o pão que o diabo amassou, mas eu AINDA penso em você, e sinto saudades sua, seu maldito. Deus me livre olhar para sua cara idiota o dia inteiro, mas na hora da janta eu quero falar como foi meu dia, ouvir como foi o seu…Que fale coisas boas, ruins… Que xingue, que reclame, mas não quero jantar sozinha, e nem ter que balançar o rabo para ter carinho na cabeça… É difícil entender?!

Ah, você me entende? Ah, você realmente acha que eu tô certa? Então por que tenho de GRITAR para você ouvir?!

Pára de fingir que acha que tenho razão só pra eu calar a boca! Tá, eu sei que você me ama, mas dá para me entender de vez em quando, e parar de achar que só você tem razões, que só você pode, e que só você tem pau no mundo?! Eu não tenho, mas o vizinho deve ter um, que pela cara, não deve ser amostra grátis.

(ok?)

Eu não quero dormir agora. Eu não quero parar de reclamar. Eu não quero estar na sua vida só porque você precisa de uma mulher para descansar no fim do dia. Não quero mais entender que você está cansado para ser sociável. Não quero mais entender que você tem problemas demais.

Ah, sim, sou uma bruxa malvada. Aliás, uma bruxa malvada, histérica, e deveria ter sangue de barata. Você me ama, e só isso deveria importar. Eu só não sei porque não te transformei num eunuco ainda.

(Tá vendo como no fundo eu tenho bom coração?)

E quer parar de fazer gracinha enquanto estou falando sério?!! Está vendo essa espuminha no canto da minha boca? É ÓDIO!

Cansei de me sentir uma poodle.
Uma libélula pelo menos deve ser mais feliz.