The unnamed feeling

Há alguns dias comecei a participar de um processo seletivo para entrar em uma empresa... No princípio eram 5000 candidatos para umas 150 vagas (só 10% eram para mulheres). Prova prática, passei (o que não considerava fácil, dada a concorrência), dinâmica de grupo, passei (ainda que me parecesse algo improvável). Hoje, na última fase do processo... morri na praia... Detesto essa sensação de fracasso... de ter dado o melhor de si e ainda assim não ter sido o suficiente! O pior ainda é agüentar aquelas frases prontas e cretinas das agências de emprego, que tem a intenção de te fazer sentir bem, mas só te fazem sentir pior, como por exemplo, “vocês não foram eliminados por algum erro, e sim pelo conjunto, pelo perfil que não atendia à vaga”. Ou seja, não foi um defeito meu que não agradou, FUI EU!!!
Agora me resta voltar pro meu empreguinho arranjado... No qual eu nunca saberei se estou por ser capaz ou porque meu pai é amigo do meu chefe... Onde SEMPRE vou me ver valendo menos do que qualquer um por não me achar merecedora de estar aqui... Neste emprego onde não sou útil e que não vai me levar a lugar algum... Grande coisa! Ainda que eu corra feito barata-tonta atrás de novas oportunidades sempre esbarro com “falta experiência”.... “sinto muito, os sábados devem ser totalmente disponíveis”... “o perfil da vaga é mais masculino”... ahhhh!!!!
Algumas vezes penso que ainda que ame apaixonadamente a carreira que escolhi, ela não passa de uma ilusão... que ela é o maior erro da minha vida... que minha vida profissional jamais será bem sucedida... que mesmo depois que eu tiver meu diploma em mãos, nunca deixarei de ser uma mera atendente-de-telefone-que-serve-café... que vou acabar sendo uma engenheira só com o título...
Nem adianta sonhar e querer ir longe... ninguém nunca vai me dar oportunidade de conquistar o meu espaço...