sábado, 21 de abril de 2007

Pérolas taubateanas

Ser taubateano implica, primeiramente, em ter nascido nesta gloriosa cidade, berço de Monteiro Lobato e do PCC (Primeiro Comando da Capital, para os desavisados).
Mas ser taubateano não pode ser visto como um simples gentilício. Ser taubateano é muito, muito mais do que isso...
E para saber se você, caro leitor taubateano deste blog (se é que existe algum), é um filho legítimo desta cidade ou apenas teve o privilégio de nascer aqui, posto algumas pérolas proferidas pelos mais legítimos conterrâneos de Cid Moreira e Renato Teixeira.

  • Taubateano não vai ao centro, vai “na cidade”. (E nós moramos aonde? Na roça?? Não respondam!).

  • Taubateano gosta de ir domingo “na breganha”. (Sim, sim, BRE-GA-NHA e não barganha como dizem por aí...).

  • Taubateano vai “na Praça da Marisa”. (Só tem essa loja lá?? Não seria praça Dom Epaminondas?! Nahh...).

  • Taubateano dá informação assim: “Tá vendo aquela esquininha alí perto do barzinho?”, “Aí você entra naquela ruinha até chegar perto de uma lojinha...” (Será que aqui é tudo realmente tão pequenininho?).

  • Taubateano fala “tadinho”, “mardito”, “molhadela”, entre outras rarezas... (Aqueles que não são de descendência taubateana podem não entender do que estou falando... Traduzindo: tadinho = coitadinho, mardito = maldito, molhadela = molhadeira).

  • Taubateano fala bonitinho, latinha, tia e dia com o “t” e o “d” beeem acentuado. Experimente pedir para um taubateano falar “estatística”. (É estatística e não estathísthica, ouviram!!)

  • Taubateano não conhece a cor laranja e a cor bege. (Aqui é tudo cor-de-abóbora e cor-de-pele...)

  • Taubateano pede pra descer do ônibus no Ponto Frio. (Mas na verdade o ônibus para no Magazine Luiza...)

Após esta breve leitura, ainda resta dúvida do por que a mais famosa filha desta cidade, Hebe Camargo , esconde suas origens??

4 comentários:

Anônimo disse...

Essa cidade parece uma criação de ostras ... são tantas pérolas rsrsr..

Só aqui as pessoas andam de bicicreta... mascam chicrete proc... sem pobrema...

É como diz Renato Teixeira na música:

Rapaz Caipira

Qui m´imporrrta, qui m´imporrrta
O seu preconceito
qui m´imporrrta

Se você quer maiores aventuras
Vá prá cidade grande
qualquer dia
Eu sou da terra
e não creio em magia
É só o jeito
de um rapaz caipira

Qui m´imporrrta, qui m´imporrrta
O seu preconceito
qui m´importa

Não estou te achando preconceituosa não... é só a letra do Renato

Bom feriado...bom fim de semana
:Z

Maurício Alejándro Kehrwald disse...

É mais caipira que Itapetininga?

Anônimo disse...

Anônimo: Entendi o sentido da música! E concordo!!!
Esqueci também de citar o "beudo" (e não bêbado)... outro clássico do vocabulário taubateano! :)

Maurício: não conheço Itapetininga, aí fica meio difícil comparar... mas não somos caipiras tradicionais, somos os caipiras da região mais industrializada do estado... por aí já sem têm uma noção dos paradoxos que atormentam um taubateano... ;p

Anônimo disse...

Sou taubateano com muita honra e acho que devíamos valorizar nosso modo de falar, uma reminiscência do dialeto caipira, hoje quase desaparecido. No Brasil da atualidade ocorre a imposição de sotaques estranhos, como o carioca (cheio de "ch's" no lugar de "s"), a meu ver muito viadoso, e as várias modalidades nordestinas, cada uma mais feia que a outra. Por que o taubateano não fala mais "car'ro", "r'aiva", "cor'reio"etc como antigamente, com "r" brando? Quem nunca ouviu esse tipo de "r", pergunte a algum radialista antigo, quando ainda se fazia curso de dicção para se aprender a pronunciar corretamente o idioma? Porque a moda vigente é imitar o "rr" dos cariocas, algo que eles aprenderam naquela cidade do Rio de Janeiro com as putas estrangeiras que há algumas décadas infestavam aquela cidade dita maravilhosa e foram as avós de muitos de seus atuais habitantes.