detalhes fazem toda a diferença

Agora que eles já foram embora, eu posso falar mal né?! hehe. Não exatamente falar mal, mas sim, soltar a pseudo-antropóloga-socióloga que existe dentro de mim! Vamos falar (e não é assim tão mal... são apenas observações) dos uruguaios que estiveram aqui. Eles parecem ter um certo orgulho ferido com relação ao Brasil (fato que a história explica) e com a Argentina (talvez pela proximidade física e distância em tantas outras coisas). Esse orgulho ferido implica, entre outras coisas, em dizer que o tango é uruguaio e que o Uruguai já foi tão grande que São Paulo já fez parte dele (qualquer distorção histórica será mera coincidência, porque eu sei quem fazia parte de quem...). Existe uma estranheza entre a gente, parece que competimos mesmo sem querer...
Acho que a Cecília Meirelles estava certa quando escreveu uma vez que o sangue português é lírico e o espanhol é dramático. E que existe uma diferença de índole entre a gente. Que eles podem ser muito corteses, mas não conseguem ser ternos...
Mas ainda assim ela dizia (e eu concordo) que eles têm muitas qualidades, são anedóticos, irônicos, coisa que quase não se pensa quando os vemos com sua postura austera e solene.
Talvez eu tenha percebido que o "fator sangue" também conta nessas horas...

"Não sou muito pela moda, sou mais pela sinceridade."