sexta-feira, 12 de setembro de 2008

CAIU DE CARA

Colocou as mãos na testa, fechando os olhos. Apertou bem forte. Queria dar um soco na parede, chutar alguma coisa ou atacar alguma coisa longe que nem ela via nos filmes, mas sua personalidade não era dessas. Quando alguém a machuva muito assim, ela era mais de chorar, chorar, chorar ao invés de sair louca por aí. Ai que merda, não queria acreditar em tudo o que estava acontecendo. Nunca tinha passado por isso. A cabeça, porra, não para de pensar, e pirar, ai, só queria um Rivotril, ou uma garrafa de vodka, ou os dois junto. Como assim? Não conseguia acreditar que tudo o que era tão bom, especial e único tinha se tornado uma grande decepção, o que era divino tinha se tornado humano, e pior, medíocre. Sabia que o corte era fundo e que ficaria ali pra sempre, no matter what. Porra, se decepcionar assim é como ir a nocaute. POWWW! Estava no chão do ringue. Levantou, sem ajuda pegou na mão da adversário e fizeram um pacto: VERDADE.

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