sábado, 19 de julho de 2008

índio também sabe brincar

A vida de todo mundo é difícil. A minha, a sua, a do vizinho. Sei também que problemas adquirem proporções conforme a postura que a gente assume diante deles. Mas sei também que quando a gente chora, não importa a postura, é porque dói tudo igual.
Tenho uma tendência fortíssima pelo drama. Você não me ama, não me quer, não pensa em mim, não liga para o que eu sinto ou penso, e buá. Assumo. Assumo também que sinto mais do que deveria sentir. Me importo mais do que deveria me importar, e também consigo amar mais do que deveria.
Mas por que estou falando isso? Não sei. Estou desde ontem tentando achar palavras para tudo que tenho sentido. Desapontamento? Talvez. Sempre questionei os valores que as pessoas possuem e o porquê atraio aquelas que têm valores diferentes dos meus. Não se trata de opostos que se atraem. Se trata de índio falando com português. Mim índio. Mim não querer espelhinho. Mim querer cachimbo. Ôpa, aí não!
E pior que não adianta dizer que isso já cansou, e fazer meu drama habitual. Não sou eu que vou resolver os problemas do mundo ou convencer alguém que é feio ser egoísta-ou-sei-lá-o-quê. Não porque eu saiba o que é certo, mas às vezes é só uma questão de lógica, e principalmente: de ética.
Esse não foi o primeiro, e, infelizmente, não será o último texto sobre desapontamento. Difícil vai ser continuar achando palavras.
Tudo cabe no coração da gente… As palavras é que se limitam ao dicionário.

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