sábado, 12 de julho de 2008

**confissões**

Vou fazer uma confissão: quero me casar! Não hoje. Não amanhã. Não este ano. E não no ano que vem. Mas quero muito começar a realizar o meu futuro como es-po-sa! Pronto! E pouco importa o que vão pensar disso! Afinal de contas, que atire a primeira pedra a mulher que nunca sonhou em ter casa, marido, filhos... Nem que seja por um segundinho sequer! Bom, eu sonhei. E sonho! Quero a minha (ops, nossa) casa amarelinha, com um cachorro tipo salsicha bem alegre e divertido, os periquitinhos cantarolando, um gato bem gordo e carinhoso, crianças correndo e brincando na grama, e eu e o beibizinho desfrutando de tudo isso. Também pode ser diferente, tipo, com casa alugada padrão sala-quarto-cozinha-e-micro-banheiro, dívidas e outras “cositas más”. Pode sim. Porque o essencial, como saúde, paz e alegria vêm de grátis! E muitas outras coisas boas também não custam nada, como o amor... Mas sabe o que não pode? O que não pode é eu sonhar tudo isso sozinha! O que não pode é eu sentir tanta vontade de viver tudo isso que chegue até a doer! O que não pode é eu entrar numa loja tipo Casas Bahia e ficar deprimida porque penso na minha (provável futura) casa e não tenho a mínima noção de quando vou poder torná-la realidade! Não, não pode, não! É complicado quando os seus sonhos caminham em ritmo diferente da outra pessoa. Imagino que talvez ele se sinta igual a mim, com essa sensação de que existe algum tipo de disfunção temporal entre os nossos planos. Falar sobre isso com ele pode soar como um tipo de cobrança, e ele pode se sentir pressionado. E isso não seria bom. O que eu quero é que ele sinta essa mesma vontade enorme que eu sinto, e não que ele se sinta obrigado a fazer isso...

Então vou fazer outra confissão, se bem que essa eu já fiz... Estou cansada de cobranças! E ultimamente as cobranças veladas são aquelas que têm me incomodado mais. Não agüento mais ouvir uma palavra ou insinuação sobre como eu devo agir e sobre qual o meu principal defeito. Eu até que tô tentando mudar minha visão pra que algumas coisas se tornem mais fáceis, mas como se não bastasse a minha própria cobrança sobre isso, tem a cobrança alheia. Aquela alfinetadinha insistente que aparece a cada brecha. Confesso que tô me controlando ao máximo, porque a minha vontade é mandar tudo às favas pra não ter de pensar nisso nunca mais! Preciso de um tempo, tá legal?! Vamos esquecer essa conversinha mole de insegurança, baixa-estima, e principalmente, sobre intolerância. No momento, eu só quero manter a paz de espírito. E estarei grandemente satisfeita em consegui-la. Não dou mais ibope aos meus defeitos. E isso inclui esquecer aquele meu pavor de hospital que ainda não passou (e, juro, essa é a última vez que falo dele), esquecer o passado do namorado (mas pode desejar que ele tenha amnésia dos 7 aos 28 anos pode, né?), esquecer o estrago das espinhas em mim (mas o dermatologista que está marcado eu não desmarco!)... É igual ao cara do filme “Uma mente brilhante”, se eu fingir que esses problemas não existem, talvez algum dia eles não me atrapalhem mais. Então é isso. E fim-de-papo.

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