segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

sobre medos e romances

Tá bom, eu assumo: sou fissurada por romance. Sério. Mesmo. Adoro “estar junto”, abraçada, os olhinhos fechados e bem apertadinhos. E quem diria que eu, logo eu, iria simplesmente ser assim, fofa?!
Descobri dentro de mim uma estranha – e fofa - personalidade. Vou deixando essa fofura sair aos poucos, pra não me perder nessa minha tendência de extremos. Seguro algumas falas, e solto outras com medo da reação do ouvinte... Coisas do tipo.
Também sou medrosa, mas acho que isso nem é necessário falar. Tanto medo já me salvou de vários precipícios escuros... Mas também deve me ter tirado muitas alegrias... Vai saber... De qualquer forma, por teimosia ou aceitação, nunca me arrependi das escolhas que fiz em meus caminhos...
A mistura de medo e romantismo tem gosto amargo e doce ao mesmo tempo. Você jura de pé junto que vai ser racional e ter o total controle da situação, mas na grandessíssima maioria das vezes, é tomada pela emoção do romance, dos abraços e dos olhos apertadinhos...
Aí eu coloco o medo debaixo da cama. E tento ser feliz. Curtir plenamente os momentos com a pessoa que a gente gosta é algo sensacional e eu não tive muita oportunidade de fazer isso durante a minha vida... Mas o medo tá lá, embaixo da cama. Não, ele não foi embora não...
Gosto de fazer planos, de pensar no dia todo antes de sair da cama. Sou virginiana, das boas. Gosto de surpresas também. E isso não tem explicação astrológica, eu acho.
Mas o tal do medo que fica debaixo da cama se transforma em um balde de água fria...
Não gosto de magoar, não gosto de decepcionar. Também não gosto de me decepcionar. Elementar...
Não quero pensar no fim do romance, dos abraços e dos olhinhos apertadinhos... Quero gostar disso pra sempre...
Mas é que tem ele, escondido debaixo da cama...

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