quarta-feira, 24 de setembro de 2008

(un)happy birthday

Tive o pior aniversário de toda a minha vida.
Na quarta-feira fui esquecida pelo namorado. No fim de semana brigamos feio por algo ridículo.
Tive horas horríveis e vontade de me matar.
E ninguém nunca me entende...
Deve haver algo de muito errado com os meus princípios porque eu já não sei mais dançar conforme a música. Dançava no meu próprio ritmo e achava que isso era bonito. Mas não é.
Constantemente me vejo pisando nos pés das pessoas que quero que sejam meus pares na dança.
Mas se eles dançam tão bem entre eles, se os seus modos de agir e de pensar são tão concordantes, a culpa não pode ser deles... Devo ser eu quem dança descompassada...
Então a culpa é minha? Pra eles não existe explicação melhor. Pra mim, não existe saída.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

fora do lugar

Como se eu estivesse por fora do movimento da vida. A vida rolando por aí feito roda-gigante, com todo mundo dentro, e eu aqui parada, pateta, sentada no bar. Sem fazer nada, como se tivesse desaprendido a linguagem dos outros. A linguagem que eles usam para se comunicar quando rodam assim e assim por diante nessa roda-gigante. Você tem um passe para a roda-gigante, uma senha, um código, sei lá. Você fala qualquer coisa tipo bá, por exemplo, então o cara deixa você entrar, sentar e rodar junto com os outros. Mas eu fico sempre do lado de fora. Aqui parada, sem saber a palavra certa, sem conseguir adivinhar. Olhando de fora, a cara cheia, louca de vontade de estar lá, rodando junto com eles nessa roda idiota - tá me entendendo, garotão?

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

my niver

...e cada vez a mais a gente vai tendo a certeza de que o que REALMENTE importa não O QUE você tem na vida, mas QUEM você tem na vida...
os meus melhores presentes são vocês!
***parabéns pra mim!***

terça-feira, 16 de setembro de 2008

**EIS AIONA TUI SUM**
nunca fez tanto sentido...

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

CAIU DE CARA

Colocou as mãos na testa, fechando os olhos. Apertou bem forte. Queria dar um soco na parede, chutar alguma coisa ou atacar alguma coisa longe que nem ela via nos filmes, mas sua personalidade não era dessas. Quando alguém a machuva muito assim, ela era mais de chorar, chorar, chorar ao invés de sair louca por aí. Ai que merda, não queria acreditar em tudo o que estava acontecendo. Nunca tinha passado por isso. A cabeça, porra, não para de pensar, e pirar, ai, só queria um Rivotril, ou uma garrafa de vodka, ou os dois junto. Como assim? Não conseguia acreditar que tudo o que era tão bom, especial e único tinha se tornado uma grande decepção, o que era divino tinha se tornado humano, e pior, medíocre. Sabia que o corte era fundo e que ficaria ali pra sempre, no matter what. Porra, se decepcionar assim é como ir a nocaute. POWWW! Estava no chão do ringue. Levantou, sem ajuda pegou na mão da adversário e fizeram um pacto: VERDADE.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

recordar é viver...

como eu já havia dito aqui:

sempre há alguma coisa que falta. guarde isso sem dor, embora, em segredo,
doa.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

O bolo

Imagine que seu amado adora limão. Então ele acorda, vai à feira, escolhe na melhor banca os limões mais verdinhos e brilhantes. Nem se importa com o preço. Vai pra casa. E começa a preparar o bolo. Ele faz tudo com carinho e fica atento a cada pequeno detalhe. Ele deseja realmente que o bolo seja um espetáculo. E o bolo fica um espetáculo. Ele faz a cobertura, coloca raspas de limão e enfeita tudo lindo... Faz tudo isso pra mostrar o quanto ele se importa e gosta. E o que é melhor: é só pra você!

Agora imagine também você, amante de bolo de chocolate. Seu amado te leva o bolo de limão que ele preparou com tanto carinho. Você agradece e acha o gesto dele uma fofura! E aí você come. Você preferiria chocolate, mas ele pensou em você e é isso o que realmente importa. Mas você não consegue parar de pensar que se ele fizesse bolo de chocolate, seria simplesmente MAGNÍFICO! Aí você insinua que da próxima vez ele poderia fazer chocolate, que é o seu sabor favorito. E ele faz limão. Você se pergunta por que ele fez de limão de novo. Talvez não tenha entendido a indireta. Você come o bolo. E então você diz com todas as letras que gostaria que ele fizesse um bolo de chocolate. E o que ele faz? Bolo de limão outra vez. Agora você se pergunta por que ele fez bolo de limão se você havia pedido o outro. Você novamente come o bolo. Deseja ardentemente que ele faça um bolo de chocolate pra você. Fica pensando que gostaria muito mais de um bolo de chocolate experimental do que do super bolo de limão. Ele pelo menos poderia tentar. Você já se daria por satisfeita. Mas aí você começa a temer que o bolo nunca se realize...

Você o interpela sobre o bolo de chocolate. Ele diz que você deveria ver o quão bom é o bolo de limão e que é uma ingrata. Você gostaria que ele se importasse com o seu desejo de bolo de chocolate e pelo menos TENTASSE faze-lo para você. Ele diz que você deve mudar seu paladar e gostar de bolo de limão, porque é só este que ele sabe fazer. E então você se sente culpada por preferir chocolate, e tenta mudar seu paladar. É difícil e você pensa demais que queria chocolate, mas continua comendo limão, afinal, ele é assim, e o bolo é feito com a melhor das intenções...

Mas quase sempre você tem indigestões... E quase sempre vocês dois se magoam...