quarta-feira, 30 de julho de 2008

faculdade, a outra vida e Agatha Christie

Estou super atarefada agora que descobri que tenho que apresentar a prévia do meu trabalho de conclusão de curso no dia 13. Fiquei sabendo ontem e estou muito animada! Por sorte consegui fazer nos dias que eu queria... senão faria agorinha na próxima semana! Ufa!
Esse meu trabalho tem se mostrado mais interessante do que eu jamais poderia imaginar! Gosto do tema e acho que por isso me sairei bem.
A outra vida também tem ido bem... Muito embora eu esteja ultimamente sentindo uma certa raiva de mim... Sei lá, tipo queria desaperecer por uns tempos, ter amnésia, casa nova, ou qualquer outra coisa que pareça me dar a oportunidade de poder recomeçar. Me sinto suja e cheia de coisas que já ficaram grudadas em mim (e principalmente na impressão que as pessoas tem de mim) e agora não consigo jogá-las fora. Me deixei manipular e agora me sinto um tanto perdida no que diz respeito a como devo me comportar...
Os últimos dias foram complicados... Aprendi que a causa de eu explodir é não ter alguém em quem me apoiar... Que é o desprezo e a indiferença com os meus sentimentos que me torna um animal irracional. Nos últimos fins de semana eu percebi o quanto as pessoas podem mudar quando estão nervosas (eu inclusa) e confesso que fiquei com medo...
Também fiquei muito aborrecida com as pessoas que me amam e não consigo entender muito bem as atutides que essas pessoas tomam... Aí eu penso quase sempre que é porque eles são pessoas e não super-heróis. Eles não tem que fazer tudo do jeito que eu penso ser certo... Muita gente erra feio tentando acertar... (eu inclusa, de novo)
Ouvi palavras que não se diz pra ninguém... Talvez seja uma lição, pra eu ver o quanto eu já fiz os outros sofrerem com as minhas palavras. Dói...
Sabe, sofri de inveja também... Uma amiga minha foi pedida em casamento (tudo bem, vai ser daqui a três anos...) e então eu me dei conta de que era isso que eu queria! É! Eu quero também! (Mas que fique claro: com o MEU bem e não com o dela).
No trabalho estou sem rumo porque tudo depende de o meu setor ser transferido ou não para outra cidade... Tô com medo por que as coisas se tornariam meio complicadas... Não deixo de pensar que se eu tivesse sido política e não tivesse dado ouvidos à essa minha mania ridícula de ser honesta com meus sentimentos e não ser falsa a minha situação estaria melhor agora...
Então talvez eu não seja a camponesa cheia de vitalidade e caráter que eu pensava que era. Agora eu estou em crise existencial. Difícil saber pra onde ir quando sequer temos um rumo. O lado bom é que todas as possibilidades são válidas e você quase não tem preconceitos (e daqueles que eu quero me livrar eu conto outro dia). E o engraçado é que quanto mais eu me conheço, menos eu sei definir quem sou... Deve ser aquela coisa de "individualidade do indivíduo"...
Mas enfim, voltarei pra minha Agatha Christie... Estou lendo "Aventura em Bagda" e estou no último capítulo. Vamos ver quem é o assassino...

terça-feira, 22 de julho de 2008

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[as vezes só o silêncio consegue dizer...]

sábado, 19 de julho de 2008

índio também sabe brincar

A vida de todo mundo é difícil. A minha, a sua, a do vizinho. Sei também que problemas adquirem proporções conforme a postura que a gente assume diante deles. Mas sei também que quando a gente chora, não importa a postura, é porque dói tudo igual.
Tenho uma tendência fortíssima pelo drama. Você não me ama, não me quer, não pensa em mim, não liga para o que eu sinto ou penso, e buá. Assumo. Assumo também que sinto mais do que deveria sentir. Me importo mais do que deveria me importar, e também consigo amar mais do que deveria.
Mas por que estou falando isso? Não sei. Estou desde ontem tentando achar palavras para tudo que tenho sentido. Desapontamento? Talvez. Sempre questionei os valores que as pessoas possuem e o porquê atraio aquelas que têm valores diferentes dos meus. Não se trata de opostos que se atraem. Se trata de índio falando com português. Mim índio. Mim não querer espelhinho. Mim querer cachimbo. Ôpa, aí não!
E pior que não adianta dizer que isso já cansou, e fazer meu drama habitual. Não sou eu que vou resolver os problemas do mundo ou convencer alguém que é feio ser egoísta-ou-sei-lá-o-quê. Não porque eu saiba o que é certo, mas às vezes é só uma questão de lógica, e principalmente: de ética.
Esse não foi o primeiro, e, infelizmente, não será o último texto sobre desapontamento. Difícil vai ser continuar achando palavras.
Tudo cabe no coração da gente… As palavras é que se limitam ao dicionário.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

li por aí:

"Todos nós – homens e mulheres – somos prejudicados por nossos
medos. Não é preciso eliminá-los, mas saber lidar com eles, não deixar que o
medo mande em seu relacionamento e em sua vida. Li em algum lugar que quando
duas pessoas se unem, nasce uma terceira pessoa que não é nem um nem o outro.
Com medo dessa terceira pessoa, os dois podem se empenhar em matá-la e, aí, é o
fim do relacionamento. Porque para esse terceiro ser viver, é preciso que muito
do que você era, muito da sua individualidade, morra. Não se pode ter medo dessa
morte se você acredita realmente que seu relacionamento será algo ainda melhor.
Acho que é por isso que muitos dos mitos que envolvem o amor falam em
sacrifício, coragem e escolhas. Nada nasce sem que algo morra antes."
#Lindo, verdadeiro e fofo, não?!

sábado, 12 de julho de 2008

**confissões**

Vou fazer uma confissão: quero me casar! Não hoje. Não amanhã. Não este ano. E não no ano que vem. Mas quero muito começar a realizar o meu futuro como es-po-sa! Pronto! E pouco importa o que vão pensar disso! Afinal de contas, que atire a primeira pedra a mulher que nunca sonhou em ter casa, marido, filhos... Nem que seja por um segundinho sequer! Bom, eu sonhei. E sonho! Quero a minha (ops, nossa) casa amarelinha, com um cachorro tipo salsicha bem alegre e divertido, os periquitinhos cantarolando, um gato bem gordo e carinhoso, crianças correndo e brincando na grama, e eu e o beibizinho desfrutando de tudo isso. Também pode ser diferente, tipo, com casa alugada padrão sala-quarto-cozinha-e-micro-banheiro, dívidas e outras “cositas más”. Pode sim. Porque o essencial, como saúde, paz e alegria vêm de grátis! E muitas outras coisas boas também não custam nada, como o amor... Mas sabe o que não pode? O que não pode é eu sonhar tudo isso sozinha! O que não pode é eu sentir tanta vontade de viver tudo isso que chegue até a doer! O que não pode é eu entrar numa loja tipo Casas Bahia e ficar deprimida porque penso na minha (provável futura) casa e não tenho a mínima noção de quando vou poder torná-la realidade! Não, não pode, não! É complicado quando os seus sonhos caminham em ritmo diferente da outra pessoa. Imagino que talvez ele se sinta igual a mim, com essa sensação de que existe algum tipo de disfunção temporal entre os nossos planos. Falar sobre isso com ele pode soar como um tipo de cobrança, e ele pode se sentir pressionado. E isso não seria bom. O que eu quero é que ele sinta essa mesma vontade enorme que eu sinto, e não que ele se sinta obrigado a fazer isso...

Então vou fazer outra confissão, se bem que essa eu já fiz... Estou cansada de cobranças! E ultimamente as cobranças veladas são aquelas que têm me incomodado mais. Não agüento mais ouvir uma palavra ou insinuação sobre como eu devo agir e sobre qual o meu principal defeito. Eu até que tô tentando mudar minha visão pra que algumas coisas se tornem mais fáceis, mas como se não bastasse a minha própria cobrança sobre isso, tem a cobrança alheia. Aquela alfinetadinha insistente que aparece a cada brecha. Confesso que tô me controlando ao máximo, porque a minha vontade é mandar tudo às favas pra não ter de pensar nisso nunca mais! Preciso de um tempo, tá legal?! Vamos esquecer essa conversinha mole de insegurança, baixa-estima, e principalmente, sobre intolerância. No momento, eu só quero manter a paz de espírito. E estarei grandemente satisfeita em consegui-la. Não dou mais ibope aos meus defeitos. E isso inclui esquecer aquele meu pavor de hospital que ainda não passou (e, juro, essa é a última vez que falo dele), esquecer o passado do namorado (mas pode desejar que ele tenha amnésia dos 7 aos 28 anos pode, né?), esquecer o estrago das espinhas em mim (mas o dermatologista que está marcado eu não desmarco!)... É igual ao cara do filme “Uma mente brilhante”, se eu fingir que esses problemas não existem, talvez algum dia eles não me atrapalhem mais. Então é isso. E fim-de-papo.